Durante 2014, segundo D. António Vitalino Dantas, a Diocese tem estado atenta sobretudo às necessidades das famílias que vivem do magro rendimento de inserção e que foram afetadas pelo flagelo do desemprego. Em 2015, o Bispo de Beja espera que tudo melhore especialmente para os que não têm trabalho e apela àqueles que dispõem de capital que tenham a capacidade de ser solidários.
E são precisamente as questões relacionadas com a falta de trabalho na região que preocupam D. António Vitalino e que o levam a deixar algumas considerações, críticas, sobre o "famoso triângulo de desenvolvimento do Alentejo". O Bispo prosseguiu, dizendo que algumas coisas foram sonhadas e não planeadas, no que ao triângulo de desenvolvimento se refere e que depois da monocultura imposta ao Alentejo por Salazar se está a caminhar para uma outra, a do olival e da vinha e que isso é muito perigoso.
Na opinião do Bispo de Beja é pena que não se tenha pensado melhor o aeroporto e que Sines tenha polos industriais que ocupam pouca mão-de-obra. Relevou contudo, a importância das várias vertentes de Alqueva, mas voltou a referir que para se fixar população e criar trabalho é preciso pensar noutros empreendimentos para o desenvolvimento do Alentejo.
Desde o passado dia 27 de novembro que D. António Vitalino Dantas está a ser coadjuvado por D. João Marcos, o seu sucessor dentro de dois anos. Altura, em que o Bispo de Beja ainda não sabe se vai ficar pela Diocese, ou se irá regressar à vida em comunidade, na qualidade de frade que também é.
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