A DORBE do PCP frisa que “a agricultura foi alvo de um processo de desarticulação, ficando espalhada por três ministérios”, referindo que estas mudanças revelam um “desconhecimento do que é a dinâmica nacional em termos agrícolas”. As declarações são de João Dias, da DORBE do PCP, esclarecendo que as florestas passaram para o Ministério do Ambiente e o desenvolvimento rural para o Ministério da Coesão Territorial.
João Dias refere, igualmente, que “os pequenos produtores florestais, confrontados com um Ministério esvaziado, enfrentarão maiores dificuldades, criando uma autêntica via sacra de ministérios e serviços para atividades que os pequenos e médios agricultores assumiram sempre como uma só. A opção de retirar o principal instrumento de financiamento da atividade agrícola no nosso país, o PDR2020 e, naturalmente, o próximo Programa pós-2020 – da alçada do Ministério da Agricultura coloca as políticas de costas umas para as outras o que levará, inevitavelmente, à redução de rendimentos e áreas abandonadas”. João Dias deixa o repto, ao PS do distrito, que tanto “defendeu o desenvolvimento rural nas legislativas 2019”, no sentido de tomar uma posição sobre esta matéria.
A DORBE do PCP destaca, igualmente, o facto do PS não “ter incluído no seu programa eleitoral qualquer referência à agricultura familiar e ao seu estatuto”, considerando que “tal opção só pode significar que o Ministério da Agricultura servirá apenas, de ora em diante, de intermediário do grande agronegócio, designadamente na exportação e na distribuição de subsídios.”
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