Especialidades mais carenciadas do Hospital de Beja ficaram com vagas desertas
Na ULSBA-Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo foram ocupadas 30% das vagas hospitalares e 11% das vagas de medicina geral e familiar.

Das 13 vagas disponíveis, para o Hospital José Joaquim Fernandes, só 4 foram
ocupadas. As especialidades mais carenciadas ficaram desertas.
Foram ocupadas duas vagas de medicina interna, uma de pediatria e uma de
cirurgia geral, mas esta ainda sem resposta definitiva de ocupação.
Ficaram por ocupar duas vagas de cirurgia geral, duas de
ginecologia/obstetrícia, uma de medicina interna, uma de cardiologia, uma de
anestesiologia, uma de gastroenterologia e uma de radiologia.
Quanto aos cuidados de Saúde Primários estavam disponíveis 18 vagas para diversos
centros de saúde da região, apenas duas foram ocupadas, uma em Aljustrel outra
em Serpa. Relativamente à vaga colocada a concurso para saúde pública foi
ocupada.
Pedro do Carmo, presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, considera que
esta situação é o reflexo do “desinvestimento” que foi feito ao longo de décadas no
SNS-Serviço Nacional de Saúde e fala na necessidade de haver uma “mudança de
paradigma”.
João Pauzinho, responsável da DORBE do PCP, afirma que esta é uma questão que
deverá agravar-se, tendo em conta que muitos médicos estão à “beira” da idade da reforma e reclama medidas
urgentes, por parte do Governo, para atrair estes profissionais de saúde para o
interior.
Gonçalo
Valente, presidente da Distrital de Beja do PSD, pensa que o Governo tem “muitas
culpas no cartório” porque limita-se a abrir os concursos e não toma as medidas
necessárias que possam atrair médicos para o interior.