Para Miguel Madeira, as propostas do Governo, constantes do OE para 2014, em nada resolvem os problemas económicos do País, agravando sim as condições de vida dos trabalhadores e protegendo os detentores do capital, e no caso do distrito de Beja, para além de serem omissas em questões fundamentais, como são as acessibilidades, diminui as transferências para o Instituto Politécnico, saúde e municípios e a tudo isto é preciso juntar o encerramento em curso das repartições de finanças, dos CTT e dos tribunais, situações que significam machadas brutais no desenvolvimento da região e que só servem para delapidar a mesma.
Razões que levam o PCP a sair à rua no final deste mês, avançou Miguel Madeira, com a campanha "Basta de roubos e mentiras", que tem como objectivos denunciar o ataque que está a ser feito aos trabalhadores e distrito, assim como mostrar que o Partido Comunista Português também tem propostas. Acrescentou que para mudar é preciso continuar a lutar pela demissão deste Governo, por eleições antecipadas e por novos governantes patrióticos e de esquerda, que possam imprimir um novo rumo, de rompimento com a troika.
Nesta entrevista, Miguel Madeira analisou também os resultados que a CDU obteve, no distrito e concelho de Beja, nas autárquicas deste ano.
Sobre os resultados obtidos no distrito, Miguel Madeira afirmou que significaram uma vitória de confiança na Coligação e contra o conformismo, referindo que os objectivos traçados, no geral, foram alcançados.
O mesmo sucedeu no concelho de Beja, com a vitória da CDU, na Câmara, Assembleia Municipal, freguesias urbanas e rurais, frisou também Miguel Madeira, dizendo que as listas e programas apresentados, o desgosto do rumo de desastre imprimido pelo PS nos últimos quatro anos e a aposta na parceria com as forças vivas da região contribuíram para estes resultados.
Para além de ser fundamental prestar esclarecimentos sobre as contas do Município, Miguel Madeira considera que o novo Executivo da Câmara de Beja vai conseguir encontrar soluções adequadas para os problemas, imprimindo uma nova forma de governação, assente no envolvimento, articulação e participação, como é apanágio da CDU.
A conversa com Miguel Madeira terminou com a apresentação prévia do Congresso: Álvaro Cunhal, o projecto comunista, Portugal e o mundo hoje, que se realiza amanhã e depois, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, revelando que o tema não vai ser tratado sem saudosismo, mas sim centrando atenções nas mensagens deixadas pelo político e pelo homem e que continuam a ser actuais.
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