Através de um pedido que vai ser requerido, na próxima segunda-feira, dia 23, à presidente da Assembleia da República, para que a Câmara de Beja esclareça qual o montante da dívida efectivamente pago, o parlamentar Mário Simões quer terminar com o que apelidou de jogo do "rato e do gato" e com uma situação que, na sua opinião "roça o ridículo", por considerar que os bejenses devem ter conhecimento da real situação financeira da Câmara.
Mário Simões não acredita que a resposta do Município de Beja chegue antes do dia 29 deste mês, a não ser, de acordo com as suas palavras, que Pulido Valente num gesto de bom senso pudesse esclarecer, em tempo útil, as dúvidas que persistem. Acrescentou que é importante a transparência na vida política e que os políticos possam dar o exemplo.
Recorde-se que o facto de Pulido Valente ter dito que entregaria aos vereadores da CDU, "oportunamente", os documentos por eles requeridos sobre as contas do Município originou troca de palavras entre socialistas e comunistas e gerou dúvidas sobre os valores da dívida de hoje, na medida em que os eleitos da Coligação continuam a afirmar que a mesma é superior à herdada em 2009, sem que, até à data, fossem contrariados.
As contas do Município de Beja levaram também, o cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP, João Pedro Caeiro, a mostrar-se interessando em conhecer "com urgência" a realidade financeira da autarquia, considerando que não é suficiente a declaração de Pulido Valente, quando não há \"forma de saber qual a magnitude das dívidas actuais" e que Lopes Guerreiro, que encabeça a lista do Movimento Independente "Por Beja com Todos", defende a realização de uma avaliação externa à situação financeira da autarquia para acabar com as dúvidas e evitar que o próximo Executivo possa usar o "lamento da herança".
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