Segundo fonte do MEESMO, o risco de não existirem enfermeiros especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia no SNS é uma realidade, que se traduz a título de exemplo, por "partos não assistidos no domicílio, grávidas em trabalho de parto e de alto risco obstétrico a fazerem percursos de ambulância que chegam a 60 quilómetros, taxas de cesarianas e partos por fórceps a aumentar, internamentos e blocos operatórios de obstetrícia encerrados (…)".

A posição do Ministro da Saúde é duramente criticada pelo movimento, que afirma que " o Governo, na pessoa de Adalberto Campos Fernandes, tenta minimizar a situação referindo-se a milhares de profissionais, como um "pequeno grupo nas redes sociais" e negligencia aquilo que é a sua responsabilidade enquanto Ministro da Saúde: defender a saúde dos cidadãos."

A Ordem dos Enfermeiros garante o seu apoio aos profissionais neste protesto e afirma que "existem cerca de 2000 enfermeiros que, apesar de serem especialistas, recebem como se prestassem serviços de enfermagem comum."

Na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), ao que tudo indica, existem cinco enfermeiros especialistas nas áreas em causa, numa equipa de 13 elementos e que já deixaram de exercer estas especialidades, passando a fazer apenas cuidados gerais, situação que, sublinham, poderá deixar fragilidades, na ULSBA, relativamente aos cuidados à grávida.