A Associação de Defesa do Património de Beja (ADPBeja) contesta, através de comunicado de imprensa, "a alteração dos nomes tradicionais" dos arruamentos de Beja, "porque estes encerram uma história que não é de ninguém em particular, pertence-nos a todos e urge preservar". Com isto esta associação explica que o Município, na homenagem que quer fazer aos seus cidadãos, não deve "apagar" nomes, ou seja, não deve alterar nomes já existentes em ruas do Centro Histórico de Beja. Esses nomes "fazem parte de uma memória colectiva e assim devem continuar para não se cometerem os mesmos erros feitos durante a 1ª República, porque a memória de uma cidade não deve ser destruída".
A propósito da aprovação, na última reunião de Câmara, de alteração de nomes de ruas no Centro da cidade, a Associação de Defesa do Património de Beja pede bom senso ao executivo da Câmara Municipal de Beja na forma como vai faze-lo. "Façam-no sem destruir a cultura patrimonial e preservem a história milenar de um povo que se orgulha da sua terra e da sua história". É o que nos explica Florival Baiôa, representante da ADP Beja.
Também os vereadores da CDU no Município de Beja já haviam manifestado a sua posição em relação a esta matéria. \"Na reunião de Câmara realizada a 4 de Junho a maioria PS aprovou a atribuição do nome do Dr. Horácio Flores à Rua do Canal. Os Vereadores da CDU consideram que o município deve homenagear o Dr. Horácio Flores atribuindo o seu nome a uma rua, mas que isso deve ser feito numa zona de expansão habitacional. Para além dos transtornos que a alteração causa às muitas dezenas de moradores existentes na mesma, a substituição de nomes tradicionais, como aconteceu também recentemente com a Rua do Vale, são uma forma de ir destruindo a alma e a memória coletiva da cidade e da sua população\".
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