Os Ceifeiros de Cuba nasceram em 1933, pela mão de António Fialho e a sua criação ultrapassou as marcas da proteção e manutenção do cante alentejano, para estabelecer uma ligação simbólica com o escritor que viria a ser adotado como patrono - Fialho de Almeida - sendo o seu nome inspirado no texto \"Ceifeiros\" deste escritor.
Ao longo da sua história tornou-se um dos grupos mais característicos do Alentejo, acentuando a passagem do testemunho de uma tradição vincadamente regional, para uma visão partilhada e assumida de difusão cultural genuinamente popular e portuguesa, ao colocar-se sob a égide do grande escritor, cuja obra acabou por evocar.
Ermelindo Galinha, ponto e ensaiador dos Ceifeiros, garante que em Cuba o cante é mais "duro" e recorda alguns dos locais, dentro e fora do país, onde o grupo tem atuado.
Os Ceifeiros consideram-se um grupo bem representativo do cante alentejano, assim como uma formação que muito tem feito pela divulgação desta forma de cantar, contribuindo assim, para a sua preservação e candidatura a património imaterial da humanidade. Ermelindo Galinha canta com orgulho "Alentejo Alentejo - Terra sagrada do pão", uma das modas que os Ceifeiros interpretam sempre nas suas atuações.
Recorde-se que Cuba é a Catedral do Cante, que o cante representa a identidade da população deste concelho e que a mesma o reconheceu no monumento erguido na vila, há uns anos, em sua honra. Cuba congratula-se com a candidatura do cante alentejano a património cultural imaterial da humanidade, considera que surgirão as melhores notícias sobre a sua inscrição no final deste mês e no primeiro semestre deste ano, editou um livro com o repertório de modas utilizadas neste território.
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