A cerimónia decorreu no Pax Julia - Teatro Municipal de Beja e contou com a presença de António Dieb, presidente da CCDRA, e de Nuno Vitorino, em representação do Fundo JESSICA.
António Dieb começou por dizer que escolheu Beja para a assinatura deste contrato, pela sua dimensão e importância, assim como para a formalização de mais seis, porque a capital de distrito é um dos polos do Alentejo e com esta realização isso ficou claro. António Dieb prosseguiu deixando uma palavra de apreço em especial ao novo Centro de Arqueologia e Artes de Beja e explicou porquê e disse também que gostaria de ver mais um projeto de Beja financiado, no âmbito do Fundo JESSICA.
O novo Centro de Arqueologia e Artes de Beja tem um investimento aproximado de 2,3 milhões de euros, tem já o visto do Tribunal de Contas para os contratos de financiamento e de empreitada, pelo que a autarquia espera iniciar brevemente as obras. Neste contexto, João Rocha, presidente da Câmara relevou a importância que o mesmo assume no âmbito da estratégia de desenvolvimento do centro histórico e do concelho e referiu que este é o projeto que vai captar outros, tornando este espaço da cidade atrativo, inovador e criativo.
Nuno Vitorino, do Fundo JESSICA, também esteve em Beja e nas declarações que proferiu fez um ponto de situação muito positivo sobre o aproveitamento dos dinheiros públicos referentes ao mesmo, dizendo que este programa está a entrar num novo ciclo, assim como a importância que isso assume.
O futuro Centro de Arqueologia e Artes de Beja ocupará um conjunto de edifícios situados na Praça da República, que envolvem um logradouro interior onde têm sido escavados, e colocados, a descoberto os vestígios do antigo fórum romano da cidade Pax Julia.
Os achados arqueológicos que ocupam a totalidade do logradouro entram parcialmente para o interior de um dos edifícios a reabilitar e, num volume novo, situado na rua da Moeda, serão localizadas áreas de tratamento, depósito e exposição de espólio arqueológico recolhido no local onde foram descobertos vestígios medievais de cunhagem de moeda no antigo fórum romano de Beja.
O núcleo arqueológico inclui, entre outros achados, um templo romano do século I d.C. de Portugal, o maior do pais e um dos maiores da Península Ibérica, pelo que pode, finalmente, permitir contar a história de Beja, desde o século VII a.C., na Idade do Ferro, até ao século XXI.
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