No distrito de Beja, a força política vencedora nas Legislativas 2015 voltou a ser o PS, com 27.778 votos, 37,29 por cento, ganhando em 13, dos 14 concelhos.
A CDU foi a segunda força política mais votada, com 18.592 votos, 24,96 por cento, vencendo apenas no concelho de Serpa.
A Coligação PSD/CDS-PP foi a terceira força política mais votada com 14.980 votos, 20,11%, mas não ganhou em nenhum concelho.
Estes resultados no círculo eleitoral de Beja, em que são eleitos apenas três deputados, significam um mandato para o PS, para a CDU e para o PSD.
Neste ato eleitoral o BE, que tinha perdido no distrito de Beja metade dos votos em 2011, subiu de 5,19% para 8,20%.
De salientar ainda que no distrito de Beja, a abstenção que chegou aos 44,83% em 2011 desceu para os 43,21% em 2015.
No rescaldo da noite eleitoral, Pedro do Carmo, o líder da lista do PS, referiu que os resultados são a vontade do povo e que os socialistas conseguiram inverter no distrito a tendência nacional. Sobre o objetivo de eleger dois deputados no distrito, lamentou o facto, desta meta não ter sido alcançada.
João Ramos, cabeça de lista da CDU e deputado reeleito, disse que a Coligação está de consciência tranquila e que vai continuar com o seu trabalho como sempre. Frisou que o PS perdeu a nível nacional e distrital, porque não conseguiu atingir em ambos os casos, os seus propósitos. Quanto ao PSD/CDS-PP relevou a perda de votos no distrito, apesar da eleição do deputado.
Nilza de Sena, a candidata da Coligação "Portugal à Frente" manteve o deputado do PSD eleito por Beja, mostrou-se satisfeita com o resultado da noite, a nível nacional e distrital, garantindo que vai assumir a cadeira de deputada e dar um contributo útil ao distrito.
A nível nacional, a força política vencedora foi a Coligação "Portugal à frente", que obteve 36,83%, mas sem maioria, porque ficou apenas com 104 deputados, quando necessitava de 116. O PS ficou em segundo lugar, com 32,38% e 85 deputados, mas o secretário-geral, António Costa, apesar da derrota, disse que não se demitia.
O BE foi a grande surpresa destas eleições, porque duplicou a percentagem de votos e mais que duplicou o número de deputados, passou de 8 para 19.
A CDU que em 2011 ficou com 16 deputados passou para 17.
Falta apurar a distribuição dos 4 deputados pelos círculos da emigração.
Os resultados das legislativas 2015 revelaram que os portugueses participaram e que não quiseram ditar uma maioria absoluta a nenhum grupo parlamentar. Cabe agora ao presidente da República convidar, como determina a Constituição, a formar Governo o partido mais votado, neste caso a Coligação PSD/CDS-PP.
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