A comemoração do Dia Mundial da Luta contra a SIDA em Portugal, e no Alentejo, tem como finalidades chamar a atenção da realidade da pandemia, em termos mundiais e da epidemiologia e seus indicadores a nível nacional, assim como na nossa região. Esta é, igualmente, uma ocasião para as diversas entidades envolvidas, governamentais e não governamentais, realizarem um balanço do trabalho efetuado, ponderar os desafios presentes e refletir de um modo consequente sobre as grandes metas propostas pela ONUSIDA, ou seja a meta dos “90, 90, 90” para 2020, no sentido da erradicação da pandemia em 2030.
“Segundo o relatório «Infeção VIH e sida», relativo a 2017, que foi divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, no ano que passou houve 1.068 novos diagnósticos de VIH, o que corresponde a uma taxa de 10,4 novos casos por 100 mil habitantes. O relatório diz, igualmente, que o grupo etário entre os 25 e os 29 anos foi o que teve taxa mais elevada de novos diagnósticos. A idade mediana à data do diagnóstico dos novos casos foi de 39 anos, sendo que nos casos dos homens que têm sexo com homens a mediana registou o valor mais baixo de todos os grupos, com 32 anos. No ano passado registaram-se ainda 261 mortes em pessoas com VIH, 134 delas em estádio sida, a fase mais avançada da infeção. A idade mediana à data da morte foi de 52 anos”.
A nível regional, ou seja no Alentejo haverá cerca de 800 doentes seguidos e ativos nas consultas de especialidade, com percentagens e indicadores que acompanham o que se passa a nível nacional. De acordo com as diretrizes e os objetivos do Programa Regional, as áreas de intervenção da ARSA, são a Literacia da infeção, a sua Prevenção, o Diagnóstico Precoce e a área do Tratamento.
Relativamente ao programa 2017-2020, o objetivo é manter, e reforçar, os programas em vigor, concretizar a abertura do CAD do Litoral Alentejano e a consulta de seguimento destes doentes na mesma sub região. O alargamento da Profilaxia Pré-Exposição sexual, a maior número de potenciais candidatos também está previsto, assim como o aprofundamento da implementação do SI VIDA, fundamental para a monitorização e conhecimento da realidade da Infeção VIH/SIDA na região, de acordo com Telo Faria, responsável pela Consulta de Doenças Infeciosas da ULSBA e da Coordenação da Região Alentejo da Infeção VIH/SIDA.
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