BE: “Odemira sem reduções nos passes sociais para o distrito de Beja”
O Bloco de Esquerda de Odemira (BE) denuncia, em nota de imprensa, que “lamenta a discriminação negativa a que os odemirenses estão sujeitos por parte da sua Comunidade Intermunicipal e exige a rápida resolução do problema e um cabal esclarecimento da CIMAL e da Câmara Municipal”, referindo-se ao facto, de não existirem reduções nos passes sociais neste concelho para o distrito de Beja.

“O Programa de Apoio à redução tarifária (PART) veio apoiar a população numa das suas necessidades básicas, a mobilidade, servindo como complemento social alternativo aos títulos de transporte já existentes”, refere o documento do BE, frisando que este partido muito se empenhou na concretização deste programa.
O documento acrescenta que através daquele protocolo, “os utentes poderão usufruir do passe social a preço reduzido em deslocações dentro do Alentejo Litoral e para as regiões da Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo Central e Algarve. De fora ficou o Baixo Alentejo, não havendo até ao momento acordo entre a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral ( Cimal) e a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal).” O BE afirma que já questionou os presidentes da CIMAL e da Câmara de Odemira sobre esta matéria e que as respostas foram discordantes. Frisa, ainda, que a verdade é que “não há redução no preço dos passes sociais para os habitantes de Odemira se deslocarem aos restantes concelhos do distrito de Beja” e pergunta “porque é possível ter um passe com um valor máximo de 40 euros para o percurso Odemira – Lisboa” e “tal não é possível nas deslocações Odemira – Beja”?.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, visitou, entretanto, na passada terça-feira, acompanhada de deputados do BE responsáveis pelas áreas do Ambiente, Habitação, Agricultura e Imigração, algumas explorações de estufas integradas no perímetro de rega do Mira. Nesta visita, Catarina Martins denunciou as condições em que os trabalhadores vivem e trabalham. Estas pessoas são alojadas em contentores “quase como se fossem um utensílio agrícola”, o que a coordenadora do Bloco considera “inaceitável” sendo um “atentado aos direitos humanos”.