Esta é a conclusão de uma sondagem realizada pelo Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), que revela que, no último ano, mais de metade dos utentes (52%) deparou-se com algum tipo de indisponibilidade de medicamentos na farmácia. No distrito de Beja essa percentagem atingiu os 68%.
Em declarações à Voz da Planície, José Manuel Grazina, delegado da Associação Nacional de Farmácias, no distrito de Beja, afirma que “não é uma novidade que seja o distrito de Beja” aquele cuja população “tem mais dificuldade em aceder aos medicamentos”.
José Manuel Grazina explica que a dispersão geográfica das farmácias torna mais difícil o acesso aos fármacos que “muitas vezes não existem” e acrescenta que “não é por culpa das farmácias”.
José Manuel Grazina atribui responsabilidades “a todo um sistema que não consegue garantir que o medicamento necessário ao doente” esteja disponível nas farmácias e aponta algumas razões que levam a este constrangimento.
Os territórios mais desertificados e economicamente mais desfavorecidos do interior do país são os mais prejudicados e que registam mais ocorrências deste tipo. Em Bragança e Castelo Branco a percentagem ronda os 7%, enquanto que em Lisboa e Porto é de 6%.
Os inquéritos para o relatório sobre o “Impacto da indisponibilidade do Medicamento no Cidadão e no Sistema de Saúde”, levados a cabo pelo CEFAR, foram realizados em abril deste ano e contaram com a participação de utentes de 2.097 farmácias.
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