Foi Paulo Arsénio, o presidente da Câmara de Beja, quem abriu os trabalhos, avançando que é preciso investir no território e que as acessibilidades devem ficar inscritas nos programas de investimentos nacionais, referindo-se ao PNI 2030.
Foram vários os painéis que compuseram o evento. Durante a manhã falou-se de mobilidade, mais no âmbito nacional e na parte da tarde dos temas que interessam particularmente à região, nomeadamente a ferrovia, o aeroporto e a rodovia.
Manuel Tão, professor da Universidade do Algarve e especialista em ferrovia, deixou claro, na sua apresentação, que para o Aeroporto se desenvolver é preciso sair e entrar no território de forma rápida. Neste contexto acrescentou que só a ferrovia dá essa garantia e frisou que há dinheiro no Portugal 2020 para este investimento, mas também disse que para tal é preciso que os políticos façam o seu papel.
Se até meio da tarde as notícias pareciam as melhores, Mário Fernandes, diretor de planeamento das Infraestruturas de Portugal, deixou a plateia triste, quando revelou que não há dinheiro para a ferrovia no Baixo Alentejo no PT 2020, e nem para outros investimentos desta natureza fora da região, reiterando que no PNI 2030 o que foi divulgado é o que está previsto e deixa a linha do Alentejo de fora.
Mário Fernandes deu contudo, algum alento no que se refere ao investimento rodoviário, nos próximos cinco anos, dizendo que há investimento previsto para intervir em algumas estradas nacionais, entre elas a de Odemira, a de Aljustrel e a de Serpa.
Coube a Florival Baiôa, do Beja Merece+, fechar o último painel e num discurso emotivo, recordando que há 2000 anos os romanos construíram a partir de Beja a maior rede viária de sempre, que era triste ver o estado a que o Baixo Alentejo chegou. Terminou com a mensagem de que não se pode esperar pelo 2030, que há dinheiro no 2020 e que a região tem de fazer barulho e ser ouvida.
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