A oportunidade de entrar nos Ganhões de Castro Verde, para o "Palhaço", surgiu em 1976, depois de regressar de terras de França, onde esteve emigrado e de abraçar, em Beringel, a profissão de taxista. Anos depois, na sua terra, convidaram-no para fazer parte do Grupo Coral do Externato António Sérgio de Beringel. Durante algum tempo, pertenceu a estas duas formações, mas um dia, derivado a "um episódio" que aconteceu em Tires, entregou a farda do grupo de Castro Verde e ficou a comandar as vozes da formação da sua terra. Mas, em Beringel também aconteceu um "pequeno aborrecimento" e Manuel Pontes regressou aos Ganhões, a pedido do grupo, e por lá cantou durante 15 anos.
E foi nessa época que gravou "É tão grande o Alentejo", com Dulce Pontes, a moda que ouvimos o "Palhaço" cantar e que levou os Ganhões a fazerem uma digressão pelo país, com a cantora, entoando esta e outras modas. Esta foi uma feliz ocorrência na sua vida e que se passou tal como contou à Voz da Planície.
Quando integrava os Ganhões de Castro Verde ganhou, igualmente, o título de "Melhor Alto do Baixo Alentejo" e o "Palhaço" explicou como é que isso aconteceu.
Um dia, o "Palhaço", cansado de tanta viagem, convocou uma reunião com os outros Ganhões e explicou porque queria sair. Não foram bem recebidas as suas razões e o "Palhaço" abandonou o grupo, já lá vão seis anos, com uma promessa feita aos seus companheiros, a de nunca mais o ouvirem cantar noutra formação, que não seja a dos Ganhões de Castro Verde.
Hoje e com as boas notícias que espera receber da candidatura do cante, diz que tem pena de não cantar. Quisemos saber se pensa regressar. Respondeu que gostava muito, mas que depende do grupo que o convidar.
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