“Os bombeiros não são irresponsáveis e o socorro não está em causa”
Ana E. de Freitas
Os bombeiros voluntários abandonaram as estruturas de Proteção Civil como forma de protesto contra os diplomas sobre as estruturas de comando, aprovadas pelo Governo. Os Bombeiros Voluntários de Beja aderiram ao protesto e criaram um “Comando Autónomo Interno”, que é explicado, hoje, nos jornais alargados da RVP, por Rodeia Machado, que lidera esta corporação do distrito.
Rodeia Machado, que é, também, o vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, explica as razões que levaram os bombeiros a tomar esta decisão, referindo que não são irresponsáveis e que o socorro às populações não está em causa.
Rodeia Machado esclarece, ainda, o que os bombeiros não querem.
O vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses identifica, igualmente, as propostas que foram feitas ao Governo e que não foram contempladas.
No final, Rodeia Machado revelou que os bombeiros do distrito de Beja criaram um “Comando Autónomo Interno”, explicando no que consiste.
Nos
jornais alargados de hoje, das 12.00 e das 17.00 horas, pode ouvir,
na íntegra, a entrevista concedida à Voz da Planície por Rodeia
Machado, vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses e líder
dos Bombeiros Voluntários de Beja.
Em nota de imprensa, a
Federação de Bombeiros do Distrito de Beja, afirma que “esgotadas todas as
tentativas de negociação, para alterar erros graves que irão
afectar não só os Bombeiros, mas principalmente colocar
irresponsavelmente em causa o socorro de toda a população
portuguesa, chegou o momento de dizer basta!”.
A Federação reafirma as deliberações tomadas na reunião nacional de Bombeiros e do Conselho Nacional da LBP realizada, no último fim-de-semana, em Santarém, nomeadamente deixar de reportar as comunicações de ocorrências à ANPC, assumir a não participação no DECIR 2019 e faltar a todas as cerimónias oficiais em que estejam presentes membros do Governo e/ou membros da ANPC.
Ainda segundo a Federação estas medidas são mantidas até que o Governo reflicta e consagre em Lei as reivindicações dos Bombeiros e que passam por uma direção nacional de bombeiros autónoma independente e com orçamento próprio, um comando autónomo de bombeiros e o cartão social do bombeiro.
No comunicado é ainda afirmado que a segurança da população continua com os mesmos níveis de prontidão e eficiência, reafirmando que o socorro à população nunca esteve, não está nem nunca estará em causa, suportado pela inter-ajuda dos vários Corpos de Bombeiros do Distrito.
