João Ramos questionou o modelo económico que está a ser implementado em Alqueva, utilizando-o como exemplo de que um eventual aumento da produção agrícola e das exportações pode não significar uma vida melhor para todos.
Paralelamente, no distrito de Beja e na área de influência de Alqueva, são frequentes as notícias sobre intervenções da Autoridade para as Condições de Trabalho e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que detetam trabalho ilegal, trabalhadores clandestinos, trabalhadores menores, na quase totalidade emigrantes, com grande intervenção de empresas de trabalho temporário e salário abaixo do legalmente exigido. Enquanto isto o Alentejo tem uma taxa de desemprego de 16,1% e o distrito de Beja tinha em maio cerca de 17000 desempregados.
Este modelo em curso pode aumentar a produção mas, não promove a redistribuição da riqueza, cujo melhor instrumento para a sua efetivação é o salário.
Sobre estes problemas a ministra nada disse, mas o PCP diz que não vai desistir de levantar esta questão porque ela reflecte a opção ideológica deste Governo em que a concentração da riqueza produzida pelo País é uma realidade, enquanto as grandes empresas são protegidas, a generalidade dos portugueses é seriamente atacada.
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