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"Profissional da arte do cante"

"Profissional da arte do cante"


O cante está-lhe no "sangue" e foram estas raízes familiares que o motivaram. Começou a cantar há 20 anos, nos Carapinhas, o Grupo Coral Infantil de Castro Verde e a partir daí nunca mais parou. Chama-se Pedro Mestre, tem 31 anos de idade, é o protagonista da história de hoje e diz que a viola campaniça, e o cante, são a sua profissão.

A história de Pedro Mestre, natural da aldeia da Sete, concelho de Castro Verde, está ligada aos "mestres" da viola campaniça, pois diz ter sido ao lado deles que começou a cantar e a tocar, assim como a criar o gosto por este instrumento tradicional, factos que o ajudaram a divulgar esta forma de cultura e que permitiram a entrada dos palcos na sua vida. O músico e cantador tem divulgado o cante e este instrumento tradicional, um pouco por todo o país e fora dele, através de projetos como aquele que tem com Chico Lobo, em que se misturam os sons das violas campaniça e caipira, tornando-se um profissional que vive da arte do cante e um dos poucos exemplos em que isso acontece.

Pedro Mestre recebeu a responsabilidade de ensaiar os Ganhões de Castro Verde aos 15 anos de idade e recorda, com satisfação e orgulho, o percurso que fez no grupo e todos os outros que ajudou a criar, como os Cardadores da Sete e as Atabuas, entre outros, formações onde tem demonstrado a sua "paixão pelo cante".

Em 2006, Pedro Mestre abraçou o projeto piloto Cante nas Escolas, em Almodôvar e depois em 2008, em Serpa. Um projeto que se revelou de sucesso e que hoje continua a desenvolver em Castro Verde e Serpa.

No final deste mês são esperadas boas notícias sobre o resultado da candidatura do cante alentejano a património cultural imaterial da humanidade, mas Pedro Mestre considera que a inscrição desta forma de cantar é "apenas um ponto de partida". Na opinião do músico e cantador, a partir daqui haverá muito para fazer, particularmente no que à avaliação da sua preservação diz respeito.

Pedro Mestre referiu que é uma mais-valia ganhar esta inscrição, mas que isso implica trabalhar mais, na preservação do cante alentejano, no sentido de o manter merecedor deste reconhecimento.


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