Os vereadores da CDU pediram informações sobre as dívidas a fornecedores e credores, renovação de um contrato no valor de 250 mil euros, entre outras, todas relacionadas com a situação financeira, e os dados continuam sem chegar, apesar de já ter terminado, na passada sexta-feira, o prazo legal para o efeito, frisou à Voz da Planície o eleito da Coligação Miguel Ramalho.
Miguel Ramalho referiu também que os vereadores da CDU esperaram que aqueles dados lhe fossem entregues na reunião de Câmara, extraordinária, realizada ontem, mas que Pulido Valente não os entregou, dizendo que os mesmos seriam fornecidos "oportunamente", situação que questionaram.
Para os vereadores da CDU esta atitude revela que Pulido Valente "não cumpre a palavra dada", que não "age de acordo com a lei" e que "não está interessado em que se conheça a verdadeira situação financeira da Câmara de Beja".
Sabendo que a próxima reunião de Câmara deverá ser realizada em período de campanha eleitoral, os vereadores da CDU não esperam que os dados em falta lhes sejam entregues e Miguel Ramalho voltou a referir que a verdade é que "hoje, a Câmara de Beja tem uma dívida superior à que herdou em 2009" e que Pulido Valente não quer "que esta realidade venha a público antes das eleições autárquicas".
O presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente, fazendo uso do seu direito de resposta, esclareceu que foi decidido responder a todos os pedidos efectuados em reunião de Câmara, antes da ordem do dia, "oportunamente", dentro dos prazos legais, sempre que for possível. Acrescentou que os dez dias terminam apenas amanhã e não na sexta-feira, como foi dito, frisou que nem toda a informação está disponível de imediato e que a requerida não era urgente. Fez questão também, de deixar claro que não se recusou a entregar os documentos aos vereadores da CDU.
Jorge Pulido Valente assegurou contudo, à Voz da Planície que os dados requeridos pelos Vereadores da CDU sobre as contas do Município serão entregues na Assembleia Municipal de Beja, marcada para o dia 16 deste mês.
Recorde-se que a falta de entrega, por parte do Executivo camarário dos documentos em causa, levou os vereadores da CDU a abandonarem a reunião de Câmara da passada quarta-feira, situação que levou também, ao agendamento de uma sessão extraordinária, realizada ontem, assim como Pulido Valente a acusar os eleitos da Coligação de "irresponsabilidade" e de "terrorismo político", mas não conseguiu contudo, confirmar nem desmentir, se a dívida hoje, é superior, ou não, à herdada em 2009.
Quando a Voz da Planície pediu a Pulido Valente que comentasse a afirmação de Miguel Ramalho, o presidente da Câmara respondeu na altura, no passado dia 4, "não dispor dos elementos necessários que permitam corroborar ou invalidar tal afirmação".
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