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Saúde

“Atividade assistencial não urgente suspensa nos hospitais do SNS”

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“Atividade assistencial não urgente suspensa nos hospitais do SNS”


A ministra da saúde deu a possibilidade aos “hospitais do SNS” de suspenderem durante este mês “a atividade assistencial não urgente”. Situação que já aconteceu no passado mês de março e que fez diminuir o número de consultas e a realização de cirurgias programadas. A Voz da Planície ouviu o médico reformado do SNS Bernardo Loff que mostrou preocupações com os “impactos nas doenças crónicas” e noutras, como as "de saúde mental".

O despacho, assinado pela ministra da Saúde, diz que os hospitais do SNS devem suspender durante o mês de novembro a atividade assistencial "que, pela sua natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes, limitação do seu prognóstico e/ou limitação de acesso a tratamentos periódicos ou de vigilância".

O médico reformado do SNS Bernardo Loff mostrou preocupações com esta diretiva, chamando a atenção para “as questões das doenças crónicas” e deu mesmo como exemplo “a diabetes que precisa de controlo apertado”. Quanto às cirurgias, Bernardo Loff disse que “mesmo as situações que possam esperar algum tempo podem complicar-se de um momento para o outro” e neste caso, deixa, igualmente, um exemplo.

Em março passado foram suspensas as atividades não urgentes para dar resposta ao crescimento exponencial de casos de Covid-19 e a atividade assistencial começou a ser retomada em maio. E em agosto deste ano na Voz da Planície foi feita uma notícia sobre os impactos destas medidas no que à saúde diz respeito e ouvido o depoimento de uma especialista que assegurou, na altura, que se está a lidar com “descompensação das doenças crónicas” e com o “aumento da mortalidade como consequência indireta da pandemia”, porque piorou “o seguimento destas pessoas”.

A médica Helena Canhão, presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, responsável da Unidade de Reumatologia do Hospital Curry Cabral e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, referiu que “para não se correrem riscos de não haver capacidade de resposta do SNS no combate à pandemia foi preciso salvaguardar equipamentos, como os ventiladores e recursos humanos. Logo algumas cirurgias que careciam da existência de ventiladores disponíveis, no caso de haver complicações, também foram adiadas”. Helena Canhão esclareceu o que foi feito em Portugal e como as medidas tomadas tiveram consequências na “descompensação de doenças crónicas, assim como no aumento da mortalidade como consequência indireta da pandemia, porque piorou o acompanhamento destes casos”.


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