"Na anatomia a articulação é uma conexão natural entre os ossos que permite o movimento
do corpo". Foi a partir deste conceito que o artista Eduardo Freitas deu corpo
aos seus trabalhos de criação nesta exposição que resulta de uma residência
artística realizada no Centro Unesco Beja. Eduardo Freitas "propõe uma
articulação conceitual entre a arte contemporânea e o artesanato tradicional,
numa espécie de ligamento (ligação) entre as suas técnicas e o saber-fazer dos
mestres da região".
Nesta interacção, "foram explorados saberes advindos da olaria, a cerâmica, o
desenho, a arte sonora, a gastronomia. Linguagens que foram associadas aos
elementos da cultura local, como as expressões populares, a memória, o
património imaterial e, sobretudo, as relações inter-pessoais com a comunidade
bejense".
Eduardo Freitas viveu e visitou diferentes locais do Alentejo, como Beja,
Évora, Vila Viçosa, Sines, Montemor-o-Novo e Beringel. Essa circulação pelos
caminhos da região foi pensada em instalações artísticas que remetem ao sistema
circulatório humano. Na sua visão, as estradas e ruas são artérias e veias que
transportam o corpo para as vivências do “coração”.
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