Além de analisar a prevalência da doença EA na região do Alentejo, a iniciativa procura ainda analisar e compreender o conhecimento da população quanto a esta patologia, bem como avaliar a possibilidade de vir a ser realizado um estudo semelhante, à escala nacional.

Os rastreios cardiovasculares aos utentes vão decorrer numa viatura móvel, devidamente preparada para o efeito, que estará estacionada entre as 09h00 e as 18h00, nas Unidades de Saúde das cidades selecionadas. Ao longo dos dias serão feitos alguns exames de forma gratuita, entre eles a medição da tensão arterial, testes de glicémia, eletrocardiogramas, auscultação cardíaca e ecocardiogramas,

De acordo com (porta-voz), (cargo), no Centro Académico Clínico do Alentejo (CTRAIL) “através desta iniciativa, o C-TRAIL irá contribuir para a melhoria do atual estado da arte relativo à EA em Portugal, promovendo, a par com os parceiros, a geração de conhecimento, nomeadamente ao nível do impacto da patologia na região do Alentejo, permitindo à comunidade médico-científica definir ações de sensibilização da doença na região em estudo, melhorar o processo de referenciação atual e o respetivo fluxo de doentes com diagnóstico de EA. A realização do referido estudo permitirá, portanto, incrementar a qualidade e eficiência do tratamento da referida patologia.”

A iniciativa está hoje, 25 de outubro, em Beja e amanhã, 26, estará em Santiago do Cacém, dia 27 em Elvas e, termina, no dia 28 de outubro em Portalegre.

A estenose aórtica (EA) é atualmente a doença valvular cardíaca mais frequente nos países desenvolvidos, representando um encargo crescente para os sistemas de saúde. Com uma taxa de incidência de 4,99% por ano, a sua prevalência aumenta exponencialmente com a idade. Devido ao envelhecimento da população, estima-se que a sua incidência possa vir a triplicar nos próximos 50 anos. A estenose aórtica fibrocalcificante degenerativa é uma doença progressiva que, quando não tratada, resulta em insuficiência cardíaca sintomática e morte.