Desde há 20 anos que a CVRA recorre à previsão pelo método polínico, que
consiste na recolha de pólen na fase de floração, através de uma parceria com a
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que aponta nas suas previsões
para a subida na produção. Caso a previsão se concretize, a região poderá
produzir entre 115 a 120 milhões de litros, volume superior à média dos últimos
5 anos, que foi de 110 milhões.
Até agora as vinhas estão com bom desenvolvimento, apesar da pouca chuva
registada na região, havendo algumas situações de desavinho ou seja, ausência
da formação do bago.
No ano passado, à semelhança do resto do País, o Alentejo
foi atingido por uma vaga de calor, na primeira semana de Agosto, que provocou
escaldão nas uvas e perdas de produção em vários agricultores. Ainda assim, em
2018, houve cerca de 2/3 dos viticultores com perdas, mas o facto de ter havido
chuvas intensas na Primavera e mais área de vinha em produção, atenuou a
situação e o Alentejo aumentou a produção após 3 anos de quedas sucessivas em
2015, 2016 e 2017.
A região, cuja dimensão está entre as maiores de Portugal, com cerca de 22.500 hectares de vinha, já tem produtores a vindimar, antevendo-se que as operações de vindima possam decorrer até ao final do mês de Setembro.
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