De acordo com o IPMA, em março passado, o Baixo Alentejo estava em situação de “seca severa”. Março deste ano foi, também, segundo o IPMA, um mês “quente em relação à temperatura do ar e seco em relação à precipitação” e durante o mês, o valor médio da temperatura máxima “foi superior ao normal”. O valor médio de precipitação foi de 45.3 mm, o que corresponde a cerca de 74% do valor normal, sendo de acordo com o IPMA “o sétimo março mais seco desde 2000”.
Perante este cenário, a Voz da Planície quis ouvir os que mais são afetados por este fenómeno, ou seja os agricultores e em especial os que se dedicam à agricultura em extensivo.
José da Luz, presidente da Associação de Agricultores do Campo Branco, começou por dizer que no Campo Branco já se está em seca há algum tempo e que este ano ainda não se notou o efeito da água que caiu na Barragem do Monte da Rocha. Para José da Luz é preciso chover mais durante este mês para não haver dificuldades no verão. Prosseguiu dizendo que o abeberamento do gado ainda não está em perigo, mas que a situação pode vir a ficar crítica, incluindo para as pastagens, se não chover muito mais durante este mês de abril.
Fernando do Rosário, presidente da Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches, refere que a precipitação tem sido abaixo do que seria expectável e que isto tem complicado a vida aos agricultores e provocado danos que já são irreparáveis. Acrescentou que as culturas em extensivo e o abeberamento do gado podem vir a “sofrer” muito com esta questão, que a chuva que tem caído tem atenuado, mas não repõe lençóis freáticos, nem furos.
Os “homens da terra” que se dedicam à agricultura em extensivo preocupados com a precipitação abaixo do normal para esta altura do ano e a desejar que se faça justiça ao provérbio e que este mês de abril seja mesmo de águas mil.
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