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Opinião

"Eleições legislativas significa escolher deputados em cada círculo eleitoral"

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"Eleições legislativas significa escolher deputados em cada círculo eleitoral"

Foto: José Maria Pós-de-Mina

Terças e quintas-feiras são dias de crónicas de opinião na Voz da Planície. Nesta quinta-feira, dia 22 de fevereiro de 2024, a crónica de opinião é de José Maria Pós-de-Mina, consultor.

"Começo por agradecer esta oportunidade da Rádio Voz da Planície para participar como comentador, fazendo eco das minhas opiniões. Como é a primeira focarei um tema bem atual. O das eleições.

Estamos em pleno período eleitoral em que temos de fazer as nossas escolhas sobre os deputados que vão formar a Assembleia da República, que determinarão a constituição do futuro governo. Não se trata de uma corrida para saber quem fica em primeiro lugar, nem estamos perante uma eleição uninominal para primeiro-ministro.

Trata-se de em cada círculo eleitoral escolher deputados, o que no caso do distrito de Beja significa eleger três.

Na escolha podemos utilizar vários critérios. Deixo aqui as minhas sugestões:

Em primeiro lugar avaliar o trabalho de quem nos tem representado, o cumprimento das promessas feitas e até a contradição entre o que agora se propõe e o que se tem defendido, ou com o que se tem sido complacente. E temos a rodovia, a ferrovia, o Aeroporto, a agricultura, o aumento do custo de vida, os salários e as pensões e por aí fora.

Em segundo lugar e em linha com o que atrás referi, quais são as propostas concretas que se apresentam para o distrito. Não apenas de uma forma isolada, mas no seu conjunto.

Em terceiro lugar para os candidatos de forças políticas que não elegeram deputados no distrito, o que têm andado a fazer a nível nacional e a nível local, se têm representantes nos órgãos autárquicos na região que postura têm tomado, e temos exemplos de quem foi eleito e não tem exercido o respetivo cargo, o que demonstra que após as eleições os eleitores não importam.

Em quarto lugar que interesses representam. Quem são os candidatos. A que classes e camadas sociais pertencem. Quem são os dirigentes dos seus Partidos, de onde provêm, quem os financia. E aqui dá para ver claramente os que defendem a manutenção do estado de coisas dos que têm mais de 25 milhões de euros de lucro por dia, ou o exemplo recente da GALP cujo lucro em 2023 ultrapassou os mil milhões de euros, ou a defesa dos interesses dos três milhões de trabalhadores que têm um salário abaixo dos 1.000 euros. E lá aparecem a dizer que o justo e necessário aumento do salário é incomportável, mas tocar nos lucros dos grandes grupos económicos está quieto. Estes podem obter rendimentos à vontade.

Para mim a escolha é clara, é a que fiz desde os meus 15 anos e que ao longo dos tempos tenho mantido com orgulho e esperança numa vida melhor pela qual tenho lutado, luto e lutarei sempre. Palavra, dignidade, confiança. Afirmando os valores de Abril. No distrito de Beja como em qualquer lado a luta continua."


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