Desde que há registo de furtos, é a sexta vez que o edifício, classificado como Monumento de Interesse Público, mas em deficiente estado de conservação, é assaltado.

A Ermida de Nossa Senhora da Assunção é uma das principais referências do Barroco no Alentejo, bem reconhecível à distância, pontuando uma das mais belas paisagens do Campo Branco.

No início da década de 1980, foram roubadas as alfaias e serrado parcialmente o retábulo do altar-mor, em talha dourada, que ficou amputado, seguiram-se novas delapidações, desta vez, talvez por terem sido surpreendidos antes de concluírem a rapina, os "amigos do alheio" abandonaram, ao desbarato, peças de talha e outros elementos que tinham acabado de cortar. O retábulo, que já se encontrava em situação vulnerável, ficou agora em péssimo estado, não houve tanta sorte porém, com o único sino, uma peça em bronze muito puro, com cerca de meia tonelada, que permanecia nos campanários da igreja que acabou por ser furtado.

José António Falcão, director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, afirma que o País continua a deixar perder muitas igrejas do meio rural que, por estar cada vez mais desertificado, não consegue combater este problema.

Ainda segundo, José António Falcão é fundamental que exista, em Portugal, um Plano de Salvaguarda do Património Religioso no meio rural porque, só assim é possível "combater" estas situações.