Para o Parlamento Europeu, seria altamente recomendável que a UE adotasse legislação em matéria de IG não agrícolas, tendo em vista explorar plenamente os efeitos económicos positivos da proteção das características distintivas e da qualidade destes produtos. As novas regras poderiam promover a inovação nos processos de produção tradicionais e a criação de novas empresas no setor dos produtos tradicionais, contribuindo também para a sustentabilidade dos postos de trabalho criados em zonas pouco desenvolvidas e para o turismo, diz o relatório.
A Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) tem trabalhado, com outros parceiros, na inovação, mas sem beliscar a tradição, nas mantas de lã, promovendo a introdução da cor neste produto, através de plantas tintureiras naturais e a utilização da lã na roupa, com design de nomes conhecidos da moda. Deste trabalho resultou a criação do Centro de Competências da Lã, que visa promover o desenvolvimento sustentável e competitivo desta fileira, nos domínios técnico-científicos, ambientais, socioeconómicos e formativos.
Para Jorge Revez, presidente da ADPM, esta é uma indicação muito importante, por um lado, para a valorização dos produtos e em particular, para os territórios onde os mesmos existem.
Jorge Revez considera ainda, que esta decisão é um passo decisivo para a perpetuação futura de produtos como as mantas de lã de Mértola e por isso mesmo, uma boa notícia.
Os produtores, as suas associações e as câmaras de comércio devem ser os principais intervenientes autorizados a solicitar o registo de uma IG de produtos não agrícolas, diz, igualmente, o Parlamento Europeu.
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