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Saúde

“Numa pandemia não há boas nem más opções” diz o coordenador de Saúde Pública da ULSBA

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“Numa pandemia não há boas nem más opções” diz o coordenador de Saúde Pública da ULSBA


O ensino presencial, para creches, pré-escolar e 1º Ciclo, está de regresso e a Voz da Planície ouviu o coordenador de saúde pública Mário Jorge referir que “numa pandemia não há boas nem más opções”. “O ensino presencial faz falta, mas as crianças dificultam muito o trabalho da saúde pública no controlo da pandemia, pois podem gerar facilmente até 50 contactos, que têm de ser vigiados durante 14 dias.”

Mário Jorge, é o coordenador de Saúde Pública da ULSBA e tomou posse no passado dia 27 de janeiro. Na jornada informativa de hoje, da Voz da Planície, fala sobre o plano de desconfinamento que está a ser implementado, centrando atenções nas questões do regresso às escolas das crianças das creches, do pré-escolar e do 1º Ciclo. Não esconde que preferia ter “um desconfinamento um pouco mais tarde, depois de todos os doentes com mais de 80 anos e de risco estarem vacinados” e frisa que “em pandemia não há boas nem más opções, pois há decisões que têm de ser tomadas e neste caso optou-se pelo regresso ao ensino presencial destas faixas etárias.”

Para Mário Jorge “o importante é controlar a pandemia” e explica que “o problema para a saúde pública não são as escolas, mas sim o facto, destas faixas etárias dificultarem muito o seu trabalho, pois cada criança pode gerar até 50 contactos e a partir dos 300 já é difícil fazer a vigilância necessária durante os 14 dias que o controlo exige”.

Reconhece “a necessidade que estas faixas etárias têm de regressar ao ensino presencial”, o “esforço feito pelos professores que se viram obrigados a ensinar on-line e pela televisão”, assim como “a dificuldade dos pais em teletrabalho conseguirem acompanhar as crianças em casa”. Sublinha que “quando se tomam decisões é preciso fazer equilíbrios” e que “criticar é fácil”, recordando que “não há, neste contexto, decisões melhores que outras.”

Mário Jorge deixa claro que “o importante é continuar a vacinar” e refere que “em Portugal já estão imunizadas 2 milhões de pessoas, o que significa 20%, muito aquém da percentagem necessária para se falar em imunidade de grupo”. Acrescenta que “os vírus dos quais mutou o covid-19 são conhecidos, e estão identificados 17, mas este revelou a sua capacidade pandémica e mutagénica. E algumas das mutações, como é o caso da variante inglesa, mostraram uma velocidade de disseminação surpreendente”.

Mário Jorge releva a “capacidade de vacinar que o país tem”, dizendo que “o problema não tem sido administrar as vacinas, mas sim os atrasos que se têm verificado nas entregas das doses”. O coordenador de saúde pública da ULSBA esclarece que “suspender a inoculação de vacinas como é o caso da AstraZeneca é normal quando há dúvidas” e que “se trata de um procedimento temporário”. Acredita que “em Portugal os atrasos na vacinação serão facilmente recuperados.”

Mário Jorge, coordenador de saúde pública da ULSBA, é o convidado do “Magazine da Semana” de amanhã e nesta entrevista pode ouvir esclarecimentos sobre estes e outros temas na ordem do dia.


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