No passado dia 22, na primeira paralisação, as lavarias estiveram "completamente paradas", assegurou à Voz da Planície, Luís Cavaco, do STIM, apesar da empresa ter divulgado, em comunicado, que a adesão à greve foi baixa, de 7%. Documento onde a SOMINCOR se mostra desagradada com a realização desta greve, afirmando que "houve recentes e profícuas negociações, durante as quais foi alcançada uma posição de princípio relativamente a novos turnos para trabalhadores do fundo da mina". Diz ainda, que "foram feitas propostas relativas à idade de reforma dos trabalhadores das lavarias, que não abrangidos pelo sistema de reforma aplicável aos trabalhadores de fundo da mina."
Sobre estas declarações, Luís Cavaco do STIM, deixa claro, que os trabalhadores não aceitaram as propostas apresentadas, explicando como as mesmas foram votadas e quantas pessoas estão em desacordo e em acordo.
As reivindicações continuam a ser as de sempre: pelo fim do regime de laboração contínua no fundo da mina, pela humanização dos horários de trabalho, pelo estabelecimento de protocolo, entre a empresa e a Segurança Social, que permita a antecipação da idade de reforma dos trabalhadores adstritos às lavarias, pastefill e backfill e central de betão, pela progressão nas carreiras, pela revogação das alterações unilaterais na política de prémios, pelo fim da pressão e repressão sobre os trabalhadores. Neste contexto, Luís Cavaco revelou que os trabalhadores terão a palavra final sobre o que poderá ser feito daqui para a frente, nos plenários que vão ser realizados nos primeiros dias de janeiro.
A SOMINCOR acusa os trabalhadores do facto, desta greve forçar a empresa a parar a produção durante seis dias, pela forma como está a ser realizada e afirma que por esta razão, considera esta paralisação mal-intencionada e ilegal.
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