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Ovos de mosquito-tigre capturados em Mértola. Não há perigo para população

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Ovos de mosquito-tigre capturados em Mértola. Não há perigo para população

“A captura de ovos de mosquito-tigre foi feita numa das armadilhas instaladas no concelho de Mértola”. A Saúde Pública garante “estar vigilante” e que “não há perigo para a população”.

“A saúde pública tem um programa de captura a funcionar para detetar estas situações no território, desde 2012, em parceria com os municípios, que consiste na instalação de centenas de armadilhas, umas capturam a espécie e outras os ovos. Em outubro de 2022, numa situação de rotina, e só numa das armadilhas, foram capturados ovos de mosquito-tigre no concelho de Mértola”, esclareceu à Voz da Planície Mário Jorge. Acrescentou que “é do conhecimento da saúde pública que o mosquito-tigre está a ter expansão a nível mundial” e que “isso levou à vigilância mais apertada”.

Mário Jorge contou, também, a história de quem descobriu o mosquito-tigre, revelando que “foi um alentejano, Carlos Reis, de Sines, curiosamente”, e esclareceu que “a doença que transmite - identificada como «aquele que caminha curvado», descrição de quem descobriu a patologia -, é parecida à dengue e tem como sintomas febre e dores fortes nas articulações”. Revela, igualmente, que “o mosquito-tigre expandiu-se, a partir do Oriente, e atingiu países europeus, provocando mesmo um surto na Toscânia, em Itália, esta espécie que foi, ainda, identificada em França”.


Em Portugal, Mário Jorge sublinha que “foi identificado este mosquito primeiro em Penafiel e depois no Algarve” e que “por isso mesmo não é de espantar o facto destes ovos terem sido capturados, só numa das armadilhas, das muitas centenas instaladas, no concelho de Mértola”. Acrescentou que “não há perigo para a população” e que a “saúde pública está agora na fase seguinte, ou seja a tentar perceber se o mosquito foi transportado, porque pode chegar em rodas de pneus molhadas de camiões, tem condições para sobreviver desta maneira”.

“Com temperaturas inferiores a 17 graus não é possível para já saber muito mais”, deixou claro Mário Jorge. Avançou, contudo, que “a partir de março/abril, as temperaturas aumentam e será então possível concluir esta investigação”.

Realça que “a saúde pública está a fazer o seu trabalho, que consiste em estar atenta e vigilante, no sentido de antecipar situações futuras e de perceber se não se tratou apenas de um episódio isolado”.

Alerta, igualmente, para o facto de que “entre a deteção da espécie endémica, que não está feita ainda”, deixou claro, "e o aparecimento do mosquito distam alguns anos, que permitem prevenir problemas antes que eles apareçam, dando respostas de saúde com antecedência e prevenindo as doenças, até porque é expetável que no futuro chegue ao território”.


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