Em declarações à Voz da Planície, o deputado do PCP, João Dias, recordou que o seu partido já tinha “tentado que esta matéria fosse integrada no Orçamento do Estado para 2021” e que a mesma “não passou”. Acrescentou que “volta agora, o PCP, a esta matéria, entregando um novo projeto de resolução onde é pedido que sejam criadas condições para a revisão do projeto”, assim como “a candidatura do mesmo aos fundos comunitários disponíveis", ou seja "ao próximo quadro comunitário de apoio e «bazuca» financeira, no decorrer deste ano”.

João Dias explica, igualmente, porque é “fundamental tratar das candidaturas em 2021” e revelou que deixou “ao critério do Governo a autorização para que o processo avance, no sentido da sua concretização em 2022/2023”. Sublinha que se está a falar de “um projeto de 30 milhões de euros, que significa, nas contas do PCP, um investimento de 4 milhões de euros que”, na sua opinião, “só não avançará se não existir vontade política para tal”.

Este projeto de resolução sugere que seja dada "formalmente ao Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, a competência para desencadear os procedimentos necessários ao início do processo de construção do novo edifício, designado por corpo G do Hospital José Joaquim Fernandes, transferindo as verbas do Ministério da Saúde para a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, no montante necessário, que permita a revisão do estudo e projeto de construção do novo edifício do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, cujo investimento total se estima em 30.000.000€; definindo um cronograma para a construção do novo edifício, que assegure a abertura do concurso público até final de 2021 e a adjudicação da construção até final de 2022, assumindo o montante global de investimento plurianual a realizar e as respetivas fontes de financiamento; definindo e divulgando publicamente os critérios a considerar pelo Governo no âmbito das diversas opções de financiamento de forma a assegurar o financiamento da construção do novo edifício com fundos comunitários e adotando, até final de 2021, os procedimentos e medidas legislativas, administrativas ou regulamentares necessárias à mobilização de fundos comunitários para construção do novo edifício".