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Opinião

"Pela paz"

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"Pela paz"

Foto: Rádio Voz da Planície

"Vivemos hoje tempos sombrios. Há uma guerra na Europa que ameaça transformar-se num conflito mundial e, mas do que isso, numa catástrofe nuclear global", salienta Carlos Lopes Pereira, jornalista, na crónica que ouviu hoje, dia 29 de fevereiro, na manhã informativa da Voz da Planície e que pode ler, ou voltar a ouvir, aqui.

"Não se pode pensar que, aqui, neste canto Sudoeste da Europa, nada temos a ver com guerra e não corremos risco algum.

É claro que esta guerra tem a ver connosco, e muito.

Primeiro, porque hoje, com o arsenal de armas poderosas criadas e modernizadas – mísseis de longo alcance, drones, aviões e helicópteros, meios de guerra cibernética – não há país que não esteja ao alcance de um ataque militar, mesmo vindo do outro lado do mundo.

Em segundo lugar, porque Portugal, ao arrepio da sua Constituição da República, é membro da NATO, o bloco militar que confronta na Ucrânia a Rússia. Ou seja, apesar da nossa Lei Fundamental estabelecer que Portugal se rege nas relações internacionais pelos princípios, entre outros, «da solução pacífica dos conflitos internacionais» e preconiza «a dissolução dos blocos político-militares», o País integra uma organização belicista com várias guerras no historial.

Uma outra razão para estarmos muito atentos ao conflito que se trava no Leste da Europa é a de que estamos próximos de bases militares da NATO, instaladas na vizinha Espanha. E que mesmo as bases aéreas das Lajes, nos Açores, e de Beja podem ser utilizadas pela NATO, colocando-nos, nesse caso, não na periferia mas no centro da guerra…

Afastando as hipóteses mais pessimistas, há uma razão fundamental para estarmos contra a guerra. Os governos, o português e os dos seus aliados, estão a gastar milhares de milhões de euros em armamento mas argumentam que não há dinheiro para a saúde, a educação, a habitação, a agricultura, para melhores salários dos trabalhadores e melhores pensões dos reformados… Ao fim e ao cabo, são os povos a pagar as guerras!

Cinquenta anos depois da Revolução de Abril, lutemos contra a guerra, pela paz, condição indispensável para o desenvolvimento soberano do País e para uma vida melhor."

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