A FENPROF e FNE organizam uma Greve Nacional de Professores e Educadores no próximo dia 5 de novembro. Os Sindicatos acusam o Ministério de Educação de “bloqueio negocial” que se estende há anos. Manuel Nobre do SPZS, defende que continuar a oferecer precariedade aos jovens que se formam na área “não é o caminho”.
A FENPROF anunciou em comunicado que “a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2022 veio confirmar o desrespeito do governo pelos professores e educadores ao ignorar em absoluto os seus problemas e, também, o seu inestimável contributo para o sucesso dos alunos”.
Manuel Nobre, presidente do Sindicato de Professores da Zona Sul, sublinha que os professores se veem obrigados a arranjar formas de luta pelos seus direitos, considerando que o Governo não vai ao encontro desses problemas, demonstrando uma posição de “bloqueio negocial” em que se recusa a tratar das questões que afetam o setor.
Refere ainda que, “a profissão não pode continuar a oferecer aos jovens que se queiram formar, 10, 20, 30 anos de precaridade, em que têm de andar com a casa às costas”, frisando que “este não é o caminho”, uma vez que até 2030 cerca de metade dos professores se irão aposentar.
No próximo dia 5 de novembro os professores irão estar em greve, e no caso da FENPROF irão concentrar-se frente à Assembleia da República, no dia em que o ministro da Educação estará na Assembleia da República para defender a proposta de Orçamento do Estado para 2022, na área da Educação.
