A moção apresentada pelo Bloco de Esquerda exortava a Câmara Municipal de Odemira, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e o Instituto da Conservação da Natureza, a estabelecerem de imediato uma moratória à expansão da actividade agrícola intensiva e super-intensiva, evitando, segundo o BE, “um desastre ambiental e social no concelho de Odemira.”
Segundo o BE, na prática, esta moção vinha no seguimento da tomada de posição conjunta emanada do Grupo de Trabalho constituído para o efeito e composto pelas forças políticas com representação na Assembleia Municipal de Odemira, PS, CDU, PSD e BE e entre outras conclusões, o documento reconhece “o forte impacte das estruturas cobertas na paisagem do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, o esgotamento das freguesias do litoral, sem capacidade de resposta a nível habitacional e de infraestruturas”. É ainda salientado que “estas culturas atraíram para o concelho de Odemira entre 6000 e 8000 trabalhadores migrantes e o estado de degradação da rede viária nacional e municipal, tendo em conta o enorme tráfego de viaturas pesadas que transportam diariamente as frutas e legumes decorrentes da produção intensiva no território”.
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