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Rodeia Machado sai depois de 30 anos na Direção dos Bombeiros de Beja

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Rodeia Machado sai depois de 30 anos na Direção dos Bombeiros de Beja

A Direção, presidida por Rodeia Machado, demitiu-se, assim como, e em solidariedade, o Conselho Fiscal e a Assembleia-geral. “Dificuldades financeiras” estão na origem desta decisão que levou à marcação de eleições para novembro. 

A demissão, em bloco, dos órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Beja levou, e de acordo com o definido em Assembleia Geral Eleitoral, “à abertura de um período de formalização de candidaturas até dia 31 deste mês e à realização de eleições, na sede, dia 21 de novembro”.

“Enquanto este processo decorre”, Rodeia Machado assegurou à Voz da da Planície que “a Direção”, que preside, “mantém-se em funções até ao último dia deste mês e a partir de 1 de novembro em gestão, até que hajam novos corpos sociais da Associação”.

“Há factos que ocorreram nos últimos tempos que conduziram a esta decisão”, explica Rodeia Machado, lembrando que “durante, e depois, da pandemia a situação financeira dos Bombeiros de Beja agravou-se, com a diminuição substancial, de 800 mil euros para cerca de 200 mil, de valores efetuados no transporte de doentes”. Assegura que “a Associação não está insolvente, mas falta entrada de dinheiro que possa dar a tranquilidade que precisa para honrar os seus compromissos”.

Neste contexto, Rodeia Machado recordou que “há 36 bombeiros profissionais na Associação, que têm de ser pagos todos os meses, e que ainda na vigência de Carreira Marques, na Câmara de Beja, o valor que se recebia era de 230 mil euros /ano”. Montante, esclareceu, que “desceu para 90 mil euros com Jorge Pulido Valente e que se manteve com João Rocha. Subiu, com o executivo atual, para cerca de 200 mil, mas não chega”. A questão, frisou, “é que os bombeiros recebem pouco mais de 700 euros e isso não é ordenado digno para pessoas que dão tudo pelos outros e instituição que representam”.

Depois, salienta também Rodeia Machado, “foi feita uma proposta de aumento salarial aos trabalhadores, passando o ordenado a ser de 757 euros acrescidos de 8 por cento de subsídio de insalubridade e risco, o que representaria mais cinco mil euros, mensais, à instituição de encargos. A situação foi apresentada aos trabalhadores e correu mal, houve um episódio de agressividade perante a Direção, por parte de um bombeiro, que tem agora um processo disciplinar, e isto foi a gota de água, entendeu-se que não havia condições para continuar. Em solidariedade com a Direção houve uma demissão em bloco, que inclui o Conselho Fiscal e a Assembleia-Geral”.

Rodeia Machado espera que “apareça uma candidatura” e que “os sucessores sejam bem-sucedidos” e por isso mesmo, “os corpos sociais atuais ficam em funções efetivas até final deste mês e continuarão depois, mas em gestão, até que haja condições para prosseguir a vida da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Beja”, disse.

Rodeia Machado falou, ainda, com a Voz da Planície, sobre a autoescada dos Bombeiros de Beja que estava para reparação, garantido que “esta situação está resolvida, com a ajuda de várias entidades, entre elas a Câmara de Beja e a Autoridade Nacional de Proteção Civil, que pagaram a reparação técnica”.

Rodeia Machado sublinhou, ainda, que “foi preciosa a ajuda financeira do Grupo de Amigos, que juntou mais de 30 mil euros que pagaram a pintura da autoescada.

Avançou, igualmente, que “dentro de dois meses a autoescada fica pronta e regressa a Beja para continuar a servir o seu propósito”.


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