A coberto da noite, um grupo de "energúmenos" entreteve-se a destruir, a pontapé ou usando ferros e paus como alavancas, muros e estruturas ornamentais, entre elas algumas urnas de inspiração barroca, do adro da igreja. Este adro, que data da segunda metade do século XVIII, estava íntegro e formava um conjunto muito coerente, do ponto de vista devocional e artístico, tendo ficado bastante afetado, frisou à Voz da Planície José António Falcão, do Departamento Histórico e Artístico da Diocese de Beja.
José António Falcão disse também, que 2016 não tem sido um ano propício no que diz respeito à conservação da arte sacra do Baixo Alentejo, que oalerta começou por ser dado, no verão, pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, quando uma onda de assaltos varreu nada menos do que doze paróquias da região, assumindo particular acutilância em Almodôvar, Castro Verde, Mértola, Odemira e Ourique, além de São João Baptista - a paróquia mais frequentada da cidade de Beja, com sede na igreja do Carmo. Acrescentou que atos vandálicos desta natureza começam a tornar-se frequentes, o que tem levado a reclamar uma maior atenção das autoridades, para que, à semelhança do que sucede com outros edifícios públicos, as igrejas sejam alvo de um acompanhamento mais efetivo.
Da Diocese de Beja e do seu novo bispo, D. João Marcos, apesar de todas estas preocupações, chegam sinais de confiança no futuro, designadamente quanto à continuidade do trabalho desenvolvido ao longo das últimas décadas e a um aprofundamento da colaboração com o Ministério da Cultura e os municípios do Baixo Alentejo, refere ainda, a nota de imprensa enviada à nossa redação.
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