Registar, estudar e potenciar a herança sonora europeia é o objetivo do projeto Sonotomia, recentemente aprovado pela União Europeia, no âmbito do programa Europa Criativa e que tem a duração estimada de três anos. Face às alterações que se adivinham na fisionomia da costa Sudoeste, o projeto Sonotomia visa criar um arquivo sonoro no âmbito dos territórios marítimos e fluviais, alargando-o posteriormente aos cursos de água de outras áreas alentejanas. Na abordagem do universo sonoro do velho continente, a instituição espanhola ocupar-se-á das paisagens rurais e a congénere húngara dos territórios urbanos. Portugal, que chefia o projeto, bastante inovador a vários títulos, tem a seu cargo os ambientes costeiros e fluviais do Sul, com realce para o Alentejo, tal como explica José António Falcão, diretor-geral do Terras sem Sombra.
Este é um projeto que funciona em rede e que exige a realização de muitos encontros entre os parceiros e a comunidade onde a sua atuação se faz sentir, esclareceu, ainda, José António Falcão.
Os trabalhos iniciaram-se este mês, na orla marítima de Odemira, concelho onde também decorreu a primeira reunião das estruturas de Sonotomia, com a presença de peritos. os participantes nesta fase inicial do projeto exploraram diferentes pontos da geografia da costa alentejana, dialogaram com representantes do Município de Odemira e das comunidades locais e traçaram planos para os dois próximos anos de intensa atividade.
Definir o perfil sonoro e captar as particularidades de uma orla marítima em rápida transformação constitui uma das prioridades desta iniciativa europeia, que está associada ao esforço do Festival Terras sem Sombra para internacionalizar o Alentejo como destino de arte e natureza.
Foto: Trover.
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