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Camarões fada e cardos de bicos azuis no Alentejo

Camarões fada e cardos de bicos azuis no Alentejo


São únicos no mundo e correm o risco de se perderem para sempre. Existem na costa alentejana e são do tempo dos dinossauros.

Não são de outro planeta mas são do tempo dos dinossauros. Falamos de camarões girinos, camarões bivalves, camarões fada com cores exuberantes verdes e laranjas e que, ao contrário do que é habitual, nadam de costas. Cardos de bicos azuis. Sapos, salamandras e tritões. Ratos.

Estes são apenas alguns exemplos da fauna e da flora existente nos lagos temporários da costa sudoeste de Portugal em que boa parte está integrada na costa alentejana. Os lagos são temporários mas os seres vivos que lá habitam são permanentes e com uma resistência de pôr à prova. Ou seja, algumas espécies resistem desde o tempo dos dinossauros. São aquilo a que se designa de fósseis vivos. E algumas são espécies únicas no mundo que só existem na nossa costa mediterrânica.

Para proteger da acção humana e restaurar o habitat destas espécies únicas no mundo, a Liga para a Protecção da Natureza juntamente com alguns parceiros nacionais de que se destacam os que são da região, como a Câmara Municipal de Odemira, a Associação de Beneficiários do Mira, a Universidade de Évora, estão a desenvolver o projecto comunitário Life+ "Conservação de Charcos Temporários na Costa do Sudoeste de Portugal".

O projecto, que arrancou em Julho, tem como propósito a conservação de um habitat prioritário - os Charcos Temporários Mediterrânicos - que se encontram cada vez mais ameaçados devido à sua fragilidade ecológica e desconhecimento do seu valor natural.

Para nos dar conta da importância destes habitats e das espécies raras que lá podem ser encontradas, Rita Alcazar, da Liga para a Protecção da Natureza, faz-nos uma espécie de visita guiada a um dos lagos temporários de que falamos. 

Entre as acções previstas no âmbito do projecto LIfe+ contam-se a criação de normas de gestão daquele território, restauro do habitat, a adaptação de um destes charcos para uso didáctico para sensibilização, ao vivo, de escolas e do público em geral. E, entre outras acções, a criação de um banco de sementes ou germoplasma, com as espécies específicas da flora para reportório futuro da base genética desta biodiversidade mas também para ajuda nas acções de restauro.  

O trabalho de campo mais intensivo começará com a época das chuvas, quando os charcos iniciarem novamente a sua fase alagamento.

Mais informações em:

http://www.lpn.pt/Announcements.aspx?tabid=2164&itemid=1164


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