imagens: José Mário Branco / DR
O último disco de José Mário Branco em nome próprio, a coletânea "Inéditos - 1967-1999", foi publicado em 2018, mas a riqueza da sua obra não se esgota unicamente nesses registos, devendo compreender as composições escritas para outros e ainda as produções, destacando-se o seu trabalho inovador na área do fado a partir da década de 1990, especialmente ao lado de Camané e da letrista Manuela de Freitas.
José Mário Branco dirigiu, entre outros, o álbum "Cantigas do Maio" (1971), de José Afonso, publicado na mesma altura do seu primeiro álbum, "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontade", colaborando com Sérgio Godinho em diversos momentos do percurso de ambos. Depois de 1974, fundou o Grupo de Acção Cultural - Vozes na Luta, responsável por uma nova abordagem ao cancioneiro tradicional português. Com este pedido de classificação, os proponentes e os signatários pretendem que a obra de José Mário Branco seja mais divulgada, estudada e interpretada, tendo em conta a riqueza do seu criador, onde confluíam os universos da música popular, da música erudita e ainda de uma importante passagem pelo teatro e os seus contributos no cinema.
Lurdes Nobre, da Associ'Art (Évora) e uma das signatárias do documento entregue no dia 19 de novembro na Assembleia da República, falou-nos sobre esta petição que pretende ser mais um passo importante na salvaguarda de toda a obra de José Mário Branco.
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