Voltar

Economia

2026 Preços sobem

Economia

2026 Preços sobem

Foto: vp

O ano de 2026 deverá ser marcado por um abrandamento da inflação, estimada em 2,1%, e por um novo alívio no IRS.

Ainda assim, as famílias portuguesas vão continuar a sentir uma pressão significativa no orçamento, com aumentos generalizados em vários bens e serviços essenciais.

As rendas de casa, as telecomunicações, os transportes públicos e as portagens deverão acompanhar, ou mesmo superar, a inflação prevista. Também alguns bens alimentares vão ficar mais caros, com destaque para a carne e o peixe, que poderão registar subidas na ordem dos 7%, segundo previsões do setor da distribuição. O pão e os produtos de pastelaria deverão ter aumentos mais contidos, abaixo da inflação, apesar do impacto dos custos laborais e das matérias-primas.

Na energia, a eletricidade vai encarecer para mais de 800 mil clientes do mercado regulado. A partir de janeiro, a fatura média sobe cerca de 1%, o que representa um acréscimo mensal entre 18 e 28 cêntimos, já com taxas e impostos incluídos. Um casal sem filhos passará a pagar, em média, cerca de 36 euros e 80 cêntimos por mês, enquanto um casal com dois filhos terá uma fatura mensal superior a 95 euros. Os consumidores com tarifa social mantêm o desconto de 33,8%, garantindo uma poupança relevante ao longo do ano.

No mercado liberalizado, apesar do aumento médio de 3,5% nas tarifas de acesso às redes, alguns comercializadores anunciaram descidas reais. A EDP Comercial prevê uma redução de cerca de 1% e a Galp de 0,5% nas faturas.

A conta da água deverá também aumentar em muitos municípios, após a recomendação do regulador para uma atualização de 1,8% nas tarifas em alta, cabendo às autarquias definir os valores finais a aplicar em 2026.

Nos transportes, os bilhetes dos comboios da CP vão subir, em média, 2,26%. A ligação Alfa Pendular entre Lisboa e o Porto passará a custar perto de 50 euros em classe Conforto e cerca de 36 euros em classe Turística. Em contrapartida, os principais passes sociais mantêm-se inalterados, incluindo o Passe Ferroviário Verde, o Navegante, em Lisboa, e o Andante, no Porto.

Em Lisboa, a Carris atualiza tarifas a partir de janeiro. O bilhete comprado a bordo sobe 10 cêntimos, enquanto as viagens pré-compradas e os passes de 24 horas registam aumentos entre 5 e 40 cêntimos, consoante a modalidade.

Nas telecomunicações, os principais operadores vão atualizar preços em linha com a inflação. A NOS e a Meo já anunciaram aumentos em vários serviços, com exceções em algumas marcas digitais e ofertas para jovens. A Vodafone procede à atualização em janeiro, com limites associados à inflação prevista.

Os serviços postais também ficam mais caros. Os CTT vão aplicar um aumento médio de 6,2%, com o selo do correio normal nacional a subir quatro cêntimos a partir de fevereiro.

No mercado da habitação, as rendas poderão aumentar 2,24%, o que corresponde a mais 2 euros e 24 cêntimos por cada 100 euros de renda. Um arrendamento de mil euros mensais deverá, assim, subir cerca de 22 euros e 40 cêntimos. O valor médio da construção por metro quadrado, usado no cálculo do IMI, sobe para 570 euros, com impacto apenas em construções novas ou imóveis reavaliados.

As portagens das autoestradas vão ser atualizadas em 2,29%. No entanto, a partir de abril, vários troços deixam de ser pagos, incluindo toda a A25 e algumas secções das autoestradas A6 e A2 no Alentejo, bem como vias nas regiões do Porto e de Leiria, abrangendo também determinados percursos para veículos pesados.

Na saúde, há uma nota positiva. Os medicamentos com preço até 30 euros, como antibióticos, analgésicos e antidiabéticos, não vão aumentar em 2026, mantendo-se o congelamento alargado a um maior número de fármacos.

No crédito à habitação, termina no final deste ano a isenção da comissão por amortização antecipada nos empréstimos a taxa variável. Em 2026, volta a aplicar-se a penalização de 0,5% sobre o montante amortizado. Nos contratos a taxa fixa, a comissão mantém-se nos 2%. Já a taxa de juro do crédito bonificado para pessoas com deficiência sobe ligeiramente no primeiro semestre.

Em síntese, apesar de uma inflação mais contida e de algum alívio fiscal, 2026 deverá continuar a ser um ano exigente para as famílias portuguesas, com aumentos transversais em vários setores do quotidiano.

Comente esta notícia

Leia também...


PUB
PUB
PUB

18.ª Gala de Mérito Escolar do Crédito Agrícola Mútuo do Alentejo Sul

Música

Bandidos do Cante e António Zambujo anunciam a "Primavera"

Acabou de tocar...

BEJA meteorologia
Top
Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.