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Política

Eletrificação da linha férrea Beja/Funcheira nem no 2020 nem no 2030

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Eletrificação da linha férrea Beja/Funcheira nem no 2020 nem no 2030


Ontem, na apresentação do programa do XXII Governo Constitucional, foi dito por António Costa, em resposta a uma pergunta de um deputado do PEV, que a eletrificação da linha férrea Beja/Funcheira “não é uma prioridade” e não está no “Programa Ferrovia 2020 nem no Programa Nacional de Infraestruturas”. A Plataforma Alentejo diz que é “uma má notícia” e o Beja Merece+ que “não há boas intenções” para a região.

O primeiro ministro garantiu contudo, também na resposta que deu ao Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), que “irá ser aberto em breve o concurso para a eletrificação da linha férrea entre Casa Branca e Beja."

“Estabelecer a ligação ferroviária direta entre Lisboa e Beja e criar as condições para a reposição da ligação Beja/Funcheira, como um dos exemplos concretos e estratégicos para combater a interioridade, numa região de baixa densidade populacional, assim como para servir de redundância à linha ferroviária do Sul” é a posição defendida pelo PEV; pelo PCP, que apresentou propostas de resolução sobre esta matéria e pelos movimentos que têm “levantado a voz” em defesa da concretização desta acessibilidade. “estes investimentos”, defendem, “são de extrema importância como facilitadores da mobilidade dos cidadãos no distrito e no país, sendo, igualmente, potenciador do aeroporto de Beja como polo de atração de empresas, desenvolvendo o turismo e demais atividades, potenciando a criação de postos de trabalho, ajudando à fixação de pessoas no concelho e no distrito, promovendo o desenvolvimento económico, social e ambiental.”

As perguntas foram feitas pelo deputado José Luís Ferreira, do PEV e António Costa foi claro nas respostas. Nas declarações que podemos ouvir, o primeiro ministro revela que a eletrificação Casa Branca/Beja está em andamento e que Beja/Funcheira não é prioridade, nem está prevista.

O deputado José Luís Ferreira falou à Voz da Planície sobre as preocupações do seu partido, relativamente a esta matéria que tem uma Resolução aprovada, na legislatura anterior, frisando que o que “está previsto deixa de fora esta ligação central”.

Claudino Matos, do Secretariado da Plataforma Alentejo, refere que esta “é uma má notícia para o Alentejo e um revés em relação ao que se tem vindo a defender”. Espera que esta matéria “fique assegurada, a mais largo prazo” e considera que “o bom-senso acabará por prevalecer”. Claudino Matos lamentou o facto, da Plataforma, apesar das diversas reuniões que pediu, “nunca ter sido ouvida” e fez questão de referir que “esta decisão deixa o Interior, e esta região em particular, privado de um transporte de mercadorias e de passageiros”, assim como sujeito “a mais assimetrias em relação a outras regiões do país”.

Florival Baiôa, do Beja Merece+, disse que “o primeiro ministro não ouve os técnicos nem as populações” e que "não sente a necessidade desta zona Sul, fundamental para a ligação ao Algarve, se modernizar, nem sequer ouve a movimentação do Porto de Sines”. Para Florival Baiôa a “pressão ao primeiro ministro tem de subir de tom”, referindo mesmo, que desconhece “as intenções de António Costa”, mas assegurando que não “são boas no que diz respeito ao Alentejo”.

Ontem, António Costa confirmou uma ligação ferroviária entre Portalegre e a Zona Industrial da cidade, dizendo que esta sim está prevista. A apresentação do programa do XXII Governo Constitucional termina nesta quinta-feira.


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