A administração da unidade de transformação de bagaço de azeitona de Fortes identificou na conferência de imprensa os investimentos realizados, nomeadamente no pavilhão de acondicionamento da matéria-prima, que já está concluído, e cuja “construção foi requerida pela AZPO”; na chaminé, que passou de 20 para 40 metros de altura e no transporte de matéria-prima dentro da unidade, que passa a ser feito agora por tapetes vedados e fechados, duas situações que, segundo a administração “não eram uma obrigação, mas que mesmo assim foram efetuadas”. Isto mesmo explicou à Voz da Planície o administrador José Maria Pérez Pérez.
Recorde-se que esta unidade foi encerrada no passado mês de junho, a pedido do IAPMEI e que vai voltar à laboração durante o próximo mês de outubro, altura em que se inicia mais uma campanha de azeitona. Será nessa altura, também, que o IAPMEI irá verificar se a unidade de transformação de bagaço de azeitona de Fortes cumpre as condições necessárias à laboração. As declarações são, igualmente, de José Maria Pérez Pérez.
A administração da AZPO insiste que a qualidade do ar em Fortes nunca foi afetada pela laboração da unidade e suporta a sua afirmação num estudo que foi feito com fábrica a trabalhar, e com a fábrica sem trabalhar, em que os resultados apontam para níveis da qualidade do ar abaixo do limite legal, não representando qualquer perigo para a saúde pública. A empresa responde assim às pessoas de Fortes que alegam haver relação direta entre os seus problemas de saúde e os fumos que invadem a localidade quando as chaminés estão ativas.
A Voz da Planície questionou José Maria Pérez Pérez sobre as relações futuras a estabelecer com a população e a recentemente criada Associação Ambiental de Amigos das Fortes e o administrador da AZPO respondeu que a comunicação depende das duas partes.
Nota: Foto de Rosário Silva (Renascença).
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