O SPZS-Sindicato dos Professores da Zona Sul vem mais uma vez denunciar a estratégia do Ministério da Educação, que com as medidas que vem impondo procura eliminar postos de trabalho e reduzir o papel e a qualidade da Escola Pública. Hoje a fila do Centro de Emprego voltou a ter docentes à porta.
O SPZS aponta como exemplos o aumento do número de alunos por turma, a criação dos mega-agrupamentos, a revisão da estrutura curricular, o encerramentos de escolas e concentração forçada de alunos nos Centros Escolares.
Esta situação tem como consequências, o aumento continuado do desemprego, o aumento da precariedade e a criação de instabilidade nas escolas, lavando muitos docentes a recorrer a 1 de Setembro aos centros de Emprego das suas áreas de residência para poderem subsistir enquanto não conhecem o rumo das suas vidas. Na jornada desta segunda-feira conferimos depoimentos de professores que vivem este drama de forma recorrente.
O SPZS estima que o número de horários-zero na sua área sindical ultrapasse largamente as duas centenas e reafirma que estes docentes se encontram numa grande instabilidade profissional, pois, no futuro, caso se mantenham em horário-zero, poderão ser empurrados para a mobilidade especial e, assim, afastados das escolas ou agrupamentos a cujos quadros pertencem.
Manuel Nobre, presidente do SPZS, afirma que esta situação, que só pode ser entendida no contexto da campanha em curso pelo Governo contra a escola pública, vai ter consequências a vários níveis. O sindicalista vai mais longe nas críticas e afirma que a equipa que está à frente do Ministério da Educação, liderada por Nuno Crato, é que devia sair do sistema.