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ULSBA reconhece “grandes dificuldades na captação e fixação de médicos especialistas”

ULSBA reconhece “grandes dificuldades na captação e fixação de médicos especialistas”


A Voz da Planície questionou o Conselho de Administração (CA) da ULSBA sobre as denuncias que vieram a público, dando conta, uma vez mais da “crónica falta de especialistas” no Hospital de Beja e outras matérias relacionadas com o funcionamento dos serviços. O CA da ULSBA responde agora às questões formuladas.

No documento enviado à nossa redação é referido e passamos a transcrever:

“Desde há vários anos que a ULSBA e o Hospital José Joaquim Fernandes como instituição integrante, se debate com grandes dificuldades na captação e fixação de médicos especialistas para os seus quadros, tendo várias especialidades hospitalares com um só especialista, como é o caso da pneumologia, neurologia, hematologia, entre outras. 

Anualmente, a tutela define e publica as zonas geográficas qualificadas como carenciadas e que têm direito a incentivos pecuniários e outros com o objetivo de levar à fixação de especialistas nessas zonas, sendo de referir que, para o ano de 2021, no caso da ULSBA e no âmbito hospitalar, foram definidas 13 especialidades hospitalares como carenciadas (anestesia, cardiologia, cirurgia geral, gastroenterologia, ginecologia/obstetrícia, medicina física e reabilitação, medicina interna, otorrinolaringologia, pediatria, psiquiatria da infância e da adolescência, radiologia e urologia). 

No presente ano, foram abertas para a ULSBA 4 vagas no concurso de mobilidade (despacho nº 5312-B/2021 de 26 de maio) e 21 vagas na 1ª época de colocação (despacho nº 6476-G/2021 de 1 de julho), totalizando no conjunto 25 vagas nas diversas especialidades. Nestes concursos entraram três novos especialistas, dois da especialidade de medicina interna e um de especialidade de ginecologia/obstetrícia, tendo as restantes vagas ficado desertas. Aguarda-se ainda a abertura do concurso de colocação para a 2ª época de 2021. 

De referir que no ano de 2020 tinham entrado sete novos especialistas na ULSBA, seis deles na área hospitalar (ortopedia, medicina interna e psiquiatria).  

Para colmatar as carências médicas em várias especialidades temos contratos de prestação de serviço com médicos especialistas, quer para a urgência, consultas ou realização de exames complementares de diagnóstico.  

Ao longo do tempo, temos desenvolvido todos os esforços possíveis para conseguir trazer novos especialistas para colaborarem com a nossa instituição, integrando os nossos quadros ou em prestação de serviços, no sentido de prestar os cuidados necessários à população que servimos, mas existem limites legais que não nos permitem nalguns casos ir mais além nas condições pedidas

A grande aposta tem sido efetuada na formação de especialistas nas nossas unidades, sendo a nossa experiência que estes, mais facilmente, se fixam no local de formação, após a conclusão do seu internato de especialidade. De mencionar o esforço efetuado pelos clínicos desta unidade para se manterem as capacidades formativas nas diversas especialidades, assim como o esforço de investimento no reapetrechamento de equipamento necessário para as mesmas. 

Nos últimos anos, a ULSBA tem, dentro das disponibilidades financeiras e tendo em conta as oportunidades de financiamento existentes, investido em equipamentos nas mais diversas áreas, quer na substituição de alguns já desatualizados, quer noutros inovadores, sendo de realçar o investimento no serviço de imagiologia, no serviço de esterilização e no bloco operatório. Também outras especialidades foram alvo da aquisição de equipamentos tais como a cardiologia, a gastroenterologia, a ortopedia, a pediatria, a oftalmologia, a obstetrícia, a cirurgia, e equipamentos diversos para os cuidados intensivos e urgência/emergência. 

Como é do conhecimento geral, o edifício do Hospital José Joaquim Fernandes entrou em funcionamento em outubro de 1970, tendo completado recentemente cinquenta e um anos de existência. Ao longo destes anos tem sido alvo de várias intervenções para melhorar as suas condições de funcionamento, mas estruturalmente é o mesmo, apresentando vários condicionalismos impossíveis de ultrapassar.  

Sempre temos defendido, em sede própria e junto da tutela, a construção da 2ª fase do hospital, algo que, infelizmente, até ao presente momento ainda não foi possível concretizar, mas da qual não desistiremos nunca. 

Também no domínio das instalações, procuramos fazer face aos desafios e atualmente estão, por exemplo, em curso as obras de remodelação da Unidade de Cuidados Intensivos, que passará a ter oito camas e dois quartos de isolamento, num único espaço físico, melhorando as condições existentes para tratamento destes doentes. Também a Unidade de Endoscopia será alvo de obras de melhoria que se iniciam já no próximo dia 30 deste mês. 

No que respeita à Ressonância Magnética está em curso um concurso público internacional para a sua aquisição e instalação que tem os trâmites e tempos próprios deste tipo de concurso, os quais não são contornáveis nem passíveis de encurtar no tempo. 

A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo saúda e apoia os movimentos sociais e de cidadania que procuram dar força à instituição e à região e que têm como foco a melhoria dos cuidados de saúde e das condições oferecidas aos utentes, alertando todavia para o facto de que situações avulsas e descontextualizadas, no meio de outras verdadeiramente importantes, não contribuirão para esse propósito e são geradoras de ruído mais prejudicial para a instituição do que construtivas. "


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