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Agricultura

CNA defende, Plano para olival tradicional

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CNA defende, Plano para olival tradicional

Foto: CNA

A campanha da azeitona está no seu ponto alto, mas os produtores de olival tradicional enfrentam este ano um cenário particularmente difícil.

A produção de azeitona e o respectivo rendimento em azeite registam uma quebra significativa face à campanha anterior, situação agravada pela acentuada descida dos preços pagos à produção.

Embora 2025/2026 seja um ano de menor produção, o preço do quilo da azeitona caiu para 55 cêntimos — menos de metade do valor pago há três anos, quando atingia 1 euro e 10 cêntimos. Há também relatos de produtores que entregam a azeitona nos lagares sem saberem quando, nem quanto vão receber, havendo casos em que os pagamentos só deverão ser feitos em Setembro do próximo ano.

Os custos de produção continuam a subir, sobretudo no olival tradicional: mão-de-obra, fertilizantes, combustíveis e tratamentos fitossanitários pesam cada vez mais no orçamento. Para quem opta por transformar a azeitona em azeite, os custos de laboração também aumentaram. Em alguns lagares, passaram de 12 para 14 cêntimos por quilo, agravados pela subida do IVA aplicado ao serviço, que passou de 6% para 23% e que apenas deverá regressar à taxa reduzida no início de 2026.

A CNA — Confederação Nacional da Agricultura — alerta que esta situação resulta da total desregulação do mercado, deixando sobretudo os pequenos agricultores dependentes do preço que os compradores querem pagar. A organização teme que esta conjuntura, considerada profundamente injusta, ponha em causa o futuro do olival tradicional, responsável por azeites de enorme qualidade e características únicas.

A Confederação defende a necessidade urgente de uma lei que proíba pagar aos agricultores abaixo dos custos de produção e exige mecanismos que assegurem o seu cumprimento. Sublinha ainda que o olival tradicional é fundamental para a coesão social e territorial das regiões produtoras e que a renovação geracional só será possível com preços que garantam rentabilidade.

Entre as medidas propostas, a CNA destaca a criação de um plano integrado para dinamização do olival tradicional, a promoção do consumo de azeite nacional nas cantinas públicas e a inclusão de uma intervenção sectorial dedicada ao olival tradicional nos apoios da Política Agrícola Comum.


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