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Ambiente

Contra impacto de painéis no Alqueva

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Contra impacto de painéis no Alqueva

Foto: Alqueva

Cinco câmaras municipais com territórios confinantes com a albufeira de Alqueva manifestam oposição à instalação de uma nova central fotovoltaica flutuante, por considerarem que o projeto compromete o desenvolvimento turístico da região.

Os municípios de Moura, Reguengos de Monsaraz, Portel, Alandroal e Mourão reuniram-se esta semana com a ministra do Ambiente e Energia para transmitir as suas preocupações.

A contestação centra-se no impacto visual e funcional que a expansão das plataformas solares poderá ter na paisagem e na navegabilidade da albufeira, apontada como um dos principais ativos turísticos do Alentejo. Os autarcas defendem que um lago ocupado por extensas áreas de painéis fotovoltaicos prejudica a estratégia de valorização do território, baseada na oferta turística, desportiva e ambiental.

O projeto, promovido pela EDP, resulta do leilão realizado em 2022, que atribuiu à empresa a exploração de 70 megawatts de energia solar na albufeira de Alqueva, numa área que abrange os concelhos de Moura, Portel e Reguengos de Monsaraz. No município de Moura, a central flutuante deverá ocupar cerca de 40 hectares, situação que preocupa os responsáveis locais pela redução das zonas navegáveis e pela alteração da experiência turística associada ao lago.

Os municípios salientam igualmente que investimentos deste género não geram benefícios diretos para o território e criticam a ausência de auscultação prévia por parte do Estado e das entidades responsáveis. Argumentam que o desenvolvimento regional deve assentar na valorização de recursos locais e na distribuição equilibrada dos ganhos económicos, e não na concentração de vantagens fora da região.

As autarquias recordam ainda que estas comunidades já enfrentam várias carências estruturais e que o turismo tem ganho peso crescente na economia local, sustentando inúmeras famílias e contribuindo para diversificar a atividade para além da agricultura e da vitivinicultura.

As câmaras solicitaram também uma reunião à Agência Portuguesa do Ambiente para expor formalmente as suas reservas. A EDP opera desde 2022 uma central solar flutuante de cinco megawatts na albufeira de Alqueva, composta por 12 mil painéis instalados numa área de quatro hectares.

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