O projeto para a Central Fotovoltaica do Cercal do Alentejo, foi aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), tendo já sido emitida respetiva Declaração de Impacto Ambiental.O movimento “Juntos pelo Cercal do Alentejo” informou, através de comunicado que irá recorrer a todos os meios legais para impedir a sua concretização, considerando que coloca em risco atividades económicas cruciais ao desenvolvimento da região.
Vera Camarena, do movimento “Juntos pelo Cercal do Alentejo” explicou à Rádio Voz da Planície, a forma como a população tomou conhecimento das características deste projeto, que visa a construção de uma Central Fotovoltaica perto da vila e que desde logo levantou uma onda de preocupações entre os cidadãos, quer pela sua localização quer pela sua dimensão.
Acrescenta que o projeto não é compatível com a região, considerando que a sustentabilidade económica do Cercal do Alentejo assenta no turismo e nas atividades agrícolas. O movimento apresentou as suas questões e preocupações à APA, que apesar de as considerar válidas, afirmou que o projeto irá avançar “porque assim o diz a política energética do governo.
Vera Camarena, afirma ainda que, o movimento considera absolutamente necessária a transição de fontes de energia e a redução das emissões de carbono, mas que “não tem lógica” que para essa transição seja preciso “arrancar árvores”, “arrasar terras agrícolas” e colocar em causa a biodiversidade da localidade.
O movimento “Juntos pelo Cercal do Alentejo”, realiza no próximo dia 14 uma reunião pública sobre esta temática, pelas 18h00, no largo dos Caeiros, no Cercal. Encontra-se também a decorrer um crowdfunding para recolha de fundos necessários aos custos associados à defesa desta causa.
