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Ambiente

Recolha de resíduos urbanos porta-a-porta vai chegar a mais concelhos alentejanos

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Recolha de resíduos urbanos porta-a-porta vai chegar a mais concelhos alentejanos

Desde 2020 que foi implementado pela Resialentejo o sistema de recolha de lixo porta-a-porta, em seis municípios de Beja. A AMCAL, tem este sistema em Alvito e vai expandir o projeto para os restantes municípios da sua responsabilidade, indo ao encontro das melhores práticas ambientais.

A implementação de modelos de recolha de maior proximidade com o cidadão, como a recolha porta-a-porta é uma opção que tem provas dadas e viabilidade económica assegurada.

A Resialentejo, em conjunto com os municípios de Barrancos, Beja, Mértola, Moura, Ourique e Serpa, desde meados de 2020 que está a implementar um projeto piloto de recolha porta-a-porta PAYT (Pay-As-You-Throw), ou seja, em que os cidadãos pagam apenas os resíduos efetivamente produzidos. Este sistema pretende beneficiar os cidadãos que separam corretamente os resíduos.

Desde que foi implementado, segundo Pedro Sobral, diretor de Operação da Resialentejo, a adesão da população é bastante positiva, realçando que este projeto aumentou significativamente a quantidade de lixo reciclado que a empresa recebe, em particular nos concelhos de maior dimensão, como Moura, Barrancos e Ourique que já têm cobertura da área toda, ou praticamente toda.

Para além de ter como objetivo o aumento da deposição correta dos bioresíduos, com vista à sua reciclagem, este sistema previa também que “quanto mais reciclar menos vai pagar pelo seu lixo”.

No entanto, nem todos os municípios já têm o projeto a funcionar na sua plenitude, há autarquias que ainda não começaram a cobrar os sacos indiferenciados e a aplicar o benefício a “quem recicla mais”.

Explica que, enquanto antes na fatura da água estava incluída uma variável para os resíduos urbanos, que tem por base o consumo de água, com o sistema PAYT, que está a funcionar em plenitude apenas em Serpa, Mértola e Ourique, a variável de resíduos urbanos é cobrada consoante o consumo de sacos indiferenciados. Os sacos devem ser disponibilizados pelas autarquias.

Nos três municípios referidos (Serpa, Mértola e Ourique), Pedro Sobral revela que houve de facto um aumento no consumo de sacos para a reciclagem, em detrimento da utilização de sacos pretos.

A perspetiva da Resialentejo é nos próximos anos alargar a área de abrangência do sistema porta-a-porta, tanto nos municípios onde já está implementado, como em outros concelhos do distrito de Beja.

A Associação de Municípios do Alentejo Central (AMCAL) já tem em Alvito, desde 2019, este sistema de recolha de resíduos porta-a-porta e anunciou esta semana que vai expandir para os restantes concelhos da sua responsabilidade: Cuba, Vidigueira, Viana do Alentejo e Portel.

O projeto “assume-se como um projeto de proximidade que visa facilitar a reciclagem e a valorização dos resíduos, em linha com as melhores práticas ambientais”.

Vitor Picado, secretário-geral da AMCAL, avança que vai abranger cerca de 14 814 produtores, entre famílias, estabelecimentos comerciais e serviços. Salienta que, este sistema contempla todo o território de intervenção da Associação e que futuramente pretende-se recolher seletivamente outros fluxos de resíduos.

Vão ser distribuídos, gratuitamente, três contentores para o vidro, papel/cartão e para o plástico/metal por cada aderente, e a recolha será efetuada por veículos dos serviços municipais.

A concretização desta operação está alinhada com o Plano Estratégico desenhado pela AMCAL com os seus municípios associados, que visa entre outros indicadores, “reforçar a sensibilização para a importância da reciclagem, contribuindo para o cumprimento das metas regionais e nacionais de reciclagem”.

A implementação deste projeto resulta de uma candidatura apresentada ao POSEUR, representando um investimento aproximado a 1,5 milhões de euros, apoiados a 85% pelo Programa Operacional.

Os resíduos urbanos continuam a ser um crescente problema em Portugal. De acordo com os dados estatísticos da Pordata, em 2020 o País produziu “cerca de 5,3 milhões de toneladas de resíduos urbanos”.

Cada habitante produziu, em média, “513 quilos durante o ano, ou seja, 1,4 quilos por dia”. Em relação aos restantes países da União Europeia, o principal destino do lixo dos 27 países é a reciclagem (30%), no entanto, em Portugal esse valor é de apenas 13%.

Um total de 54% do lixo produzido pelos portugueses vai parar ao aterro sanitário, enquanto na UE esse valor é de 23%.

O Alentejo vai fazendo o seu caminho para atingir as metas definidas a nível nacional e europeu, no que diz respeito ao aumento da reciclagem de resíduos.


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