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Educação Atualizada

PSP de Beja apura que a aluna em escola não foi atacada por "taser"

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PSP de Beja apura que a aluna em escola não foi atacada por "taser"


A PSP de Beja disse ter sido informada sobre uma alegada agressão a uma aluna numa escola local, supostamente atingida por um "taser" por outro estudante, e apurou que não se tratava de um "taser", mas sim dum brinquedo artesanal.

O Comando Distrital de Beja teve conhecimento da situação na última quarta-feira, quando o acidente teria ocorrido na terça-feira.

“Temos conhecimento do assunto por um ‘e-mail’ que a associação de pais da escola nos remeteu hoje, por volta das 12:00, e que reencaminha outro ‘e-mail’ de um progenitor de uma aluna a transmitir o episódio” de terça-feira, indicou a fonte.

Perante esta comunicação, “feita dois dias depois de o alegado episódio ter acontecido, estamos a recolher elementos junto da escola, para ver se é algo [em] que possamos auxiliar”, destacou a fonte policial, frisando, contudo que, até ao momento, a PSP “não recebeu qualquer queixa formal por parte de ninguém”.

Na terça-feira, denunciou hoje Margarida Patriarca, presidente Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica (EB) 2/3 de Santiago Maior, em Beja, uma aluna terá sido “atingida no corpo” por um ‘taser’ [arma de eletrochoque] disparado por “outra criança”.

“Fomos contactados por ‘e-mail’ pela encarregada de educação da aluna, que frequenta o 2.º ciclo [compreende os 5.º e 6.º anos de escolaridade] que nos relatou o que tinha acontecido, que a menina foi atingida pelo disparo do ‘taser’ no corpo, onde não sei”, referiu à Lusa a mesma responsável.

Margarida Patriarca disse desconhecer se a criança que alegadamente disparou o ‘taser’ é do sexo masculino ou feminino, mas supôs que será também estudante do 2.º ciclo.

“Porque isto aconteceu numa área, no recinto da escola, onde os meninos do 2.º ciclo estão”, explicou, indicando ainda que aluna atingida “não necessitou de assistência hospitalar”.

A presidente da associação de pais assumiu que, após receber o ‘e-mail’ do progenitor, “deu de imediato conhecimento do sucedido à PSP, que costuma ter a Escola Segura junto da escola todos os dias, e à Câmara Municipal de Beja”, entidade a quem cabe, agora, “contratar o pessoal não docente”, com a transferência de competências em matéria de Educação.

“E a câmara até está a fazer um trabalho exímio nesse aspeto, porque cumprimos, pela primeira vez na escola, os rácios que estão previstos” de pessoal auxiliar, disse Margarida Patriarca, defendendo, contudo, que esses mesmos rácios previstos na lei deviam ser revistos: “Quando a lei foi feita os miúdos não levavam ‘tasers’ para a escola”.

Com a denúncia do caso, a Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB 2/3 de Santiago Maior, que destacou tratar-se de “uma escola segura e que nunca tinha tido qualquer histórico destes”, pretendeu também “condenar” o sucedido e “passar a mensagem de que os pais devem estar sempre atentos, porque são os primeiros responsáveis daquilo que se passa dentro da escola”, argumentou.

A Lusa tentou contactar as direções da EB 2/3 de Santiago Maior e do agrupamento escolar a que este estabelecimento de ensino pertence, mas não conseguiu falar com qualquer responsável.

Entretanto, a PSP de Beja voltou pronunciar-se sobre este acontecimento e refere, em nota de imprensa enviada à comunicação social, que “como resultado dessas diligências, apurou-se que não foi utilizada qualquer arma “taser” no interior daquele estabelecimento de ensino, tendo sido possível identificar o objeto utilizado, na suposta agressão, como sendo um brinquedo de fabrico artesanal, tipo fisga, o qual terá sido utilizado por alguns alunos para projetar bagas de arbustos na direção de outros”.

Solicitam ainda a todos os encarregados de educação e respetiva comunidade escolar, para que “sempre que tenham conhecimento de situações que entendam ser lesivas dos direitos dos alunos, informem o mais atempadamente possível as forças de segurança, por forma a poder haver uma resposta imediata e com isso auxiliar os estabelecimentos de ensino na salvaguarda do seu bom funcionamento”.


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