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CDU na Câmara de Beja: “executivo de costas voltadas para o movimento associativo”

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CDU na Câmara de Beja: “executivo de costas voltadas para o movimento associativo”

“É recorrente o corte nos pedidos de apoio a iniciativas culturais, artísticas e desportivas no município de Beja”, dizem os vereadores da Coligação Democrática Unitária (CDU), na autarquia. O presidente da Câmara frisa que estes eleitos “têm uma visão distorcida” que “não corresponde à realidade”.

Os vereadores da CDU deixam exemplos, nomeadamente o “Santa Maria Summer Fest e a Festa do Azulejo que foram cancelados devido às verbas propostas serem insuficientes para fazer face às necessidades para colocar em pé estes eventos.”

Já outras iniciativas “vão ficar substancialmente prejudicadas por terem visto os seus pedidos reduzidos, em muitos casos, para metade ou menos, do valor solicitado”, é dito também.

O Festival MUPA-Músicas na Planície, o II Festival Beja Pride ou a Festa das Maias são casos apontados de realizações que já aconteceram ou que vão ter lugar, mas com “cortes significativos”. As declarações são do vereador da Coligação Rui Eugénio.

“O executivo do PS em permanência na Câmara Municipal de Beja continua a recusar-se apoiar condignamente o movimento associativo para a realização de atividades que são o garante de elevada participação cívica e, em muitos casos, oportunidades de acesso da população a eventos gratuitos ou a custos reduzidos”, frisa, igualmente, Rui Eugénio.

“Os vereadores da CDU consideram que a autarquia tem o dever de continuar a defender uma das mais belas conquistas do poder local pós 25 de Abril e que resultou no incremento da participação cívica no movimento associativo. Ao reduzir drasticamente os apoios financeiros às associações desportivas, recreativas e culturais corre-se o sério risco destas reduzirem também a sua atividade ou até extinguirem-se".

"Se tivermos em conta que muitas destas associações são constituídas por jovens que teimam em continuar por cá e a participar ativamente na vida do concelho, acresce ainda o risco de não se estar a contribuir para estancar o êxodo e a fuga de alguns dos nossos talentos e empreendedores culturais. É imperativo que os eleitos na autarquia entendam que, independentemente de outros subsídios que as associações possam ter, quando enviam um pedido à autarquia em determinado valor é porque necessitam desse apoio para realizar as atividades e que com cortes tão substanciais aos pedidos se coloca em causa a realização das mesmas”, é, ainda, relevado.

Sublinham, os vereadores da CDU que “não menos importantes são os pedidos de apoios com equipamentos, materiais ou logística. Muitas destas associações não são possuidoras dos meios ou recursos que necessitam para a realização de alguns eventos. E, também nestes aspetos, a autarquia deve apoiar, sem poupar esforços. A autarquia não pode aspirar a querer organizar ou ser a autora/criadora de todos os eventos. Não é esta a sua vocação. É preferível deixar que sejam outros que já deram mostras de organização ao fazê-lo. Mas para isso, é preciso apoiar. Financeiramente e logisticamente. Se não se contrariar esta tendência, vamos continuar a assistir ao definhamento cultural, artístico, económico e populacional da cidade e do concelho”.

Os vereadores da CDU na Câmara Municipal de Beja garantem que vão continuar “a lutar e a defender maiores apoios financeiros, logísticos e materiais para as atividades pontuais do movimento associativo.”

O presidente da Câmara Municipal de Beja, Paulo Arsénio, diz, por sua vez, que os vereadores da CDU “têm uma visão distorcida da realidade”. Reportando-se ao caso da Festa do Azulejo, lembra que “houve para esta, e outras iniciativas, apoios acrescidos em 2018 por haver ajudas comunitárias” e que “estas entidades foram informadas que deixando estes financiamentos de existir, os apoios da autarquia teriam de diminuir”.

Refere, também, que “os apoios atuais são superiores aos dados às associações no mandato de 2013-2017” e deixa como exemplos algumas casos em que os valores atribuídos pela Câmara “duplicaram”, nomeadamente aos “Bombeiros e grupos corais”.

Deixa, ainda, a indicação Paulo Arsénio que “há pedidos que chegam em cima das realizações e aos quais é impossível dar resposta pois não é o orçamento da Câmara que tem de se adaptar às solicitações, mas o contrário”. Acrescenta que os vereadores da CDU estão “apostados em aumentar a despesa do orçamento municipal e não as receitas” e que isso “não é viável”.


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